A Fiat confirmou ontem que vai suspender parte da produção na fábrica de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), devido à irregularidade no abastecimento de peças. A montadora vai conceder 10 dias de férias coletivas a 1,9 mil trabalhadores a partir de segunda-feira, 19. O retorno está previsto para o dia 29. Será suspenso, assim, nesse período o segundo turno da produção de carros do complexo industrial. O total de trabalhadores que entrarão em férias é maior do que o número, de 800 a mil funcionários, indicado na semana passada ao sindicato que representa trabalhadores do setor na região.

A Fiat, montadora do grupo Stellantis, informa em nota que a medida se deve à necessidade de adaptar o ritmo de produção às condições atuais de volume e regularidade de fornecimento de componentes. "A empresa continua em contato e em negociação com seus fornecedores para normalizar os fluxos de suprimentos", comunicou.
A indústria automotiva vem sendo pressionada pela irregularidade no fornecimento de peças, mais grave agora na recomposição de estoques de componentes eletrônicos. A falta de insumos tem afetado as linhas de produção de automóveis e caminhões desde o ano passado. O problema teve origem na suspensão das linhas de produção entre abril e junho de 2020 e ganhou fôlego com a escassez de chips este ano.
Outras montadoras já interromperam suas atividades. Em Minas, a alemã Mercedes-Benz colocou trabalhadores das fábricas de Juiz de Fora, na Zona da Mata, de folga entre 25 de fevereiro e 5 de abril .

sem comprador
Leilão virtual do Hotel Ambassy terminou sem ofertas ontem. O lance mínimo era de R$ 8,3 milhões. O prédio em estilo moderno, no Hipercentro de BH, tem 12 andares, e pertencia a Anísio Neves Júnior, já falecido. A venda foi determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Novo pregão está marcado para o dia 19 de maio.