Novos pequenos empreendedores estão ficando cada vez mais raros em Minas Gerais. Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), a partir da Receita Federal, revelou que o número de pequenos negócios abertos no estado caiu 24% em relação ao mesmo período de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus teve início no país.
Nos últimos dados apurados, o Sebrae Minas relata que houve uma queda de 8% em relação a fevereiro do ano passado e de 40% na comparação com janeiro de 2021. A abertura de pequenos negócios, em um dos momentos mais graves da pandemia, já apresenta uma retração de 2,52% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Até março, eram 90.817 novos empreendimentos registrados no estado.
“Apesar do resultado positivo em janeiro, quando tivemos um boom de abertura de pequenos negócios, com mais de 40 mil novos registros, estamos prestes a repetir os piores momentos da pandemia para o segmento em 2020”, afirmou Felipe Brandão, gerente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.
Como impacto da crise econômica, Minas já soma, ao todo, 31.080 de comércios que fecharam as portas. O número é 13% menor que o contabilizado no mesmo período de 2020.
Belo Horizonte é a cidade com mais fechamentos, totalizando, até agora, 5.663 de pequenos negócios encerrados. No segundo lugar fica Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 1.509 empreendimentos fechados.
Entre os números levantados, a grande maioria dos negócios encerrados é de microempreendedores individuais (MEI) e microempresas (ME), com 98%. Os MEIs também são destaque, com 82% dos pequenos negócios abertos neste ano que encerram as atividades. Todos os dados da pesquisa podem ser acessados no portal da entidade.
Ainda segundo o economista Felipe Brandão, por conta do agravamento de casos de COVID-19 no estado e das medidas mais restritivas de funcionamento de atividades do comércio e serviços, a tendência continua sendo de queda da atividade econômica nos próximos meses.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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