A Fecomércio MG divulgou nesta sexta-feira (16/04) o relatório do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte, que registrou alta no mês de março, com 86,7 pontos percentuais contra 84,6 pontos alcançados em fevereiro. A pesquisa é elaborada com dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar do crescimento, o indicador ainda não atingiu o nível ideal, acima dos 100 pontos. “O momento ainda é de insegurança e os empresários estão mais cautelosos. Somado a isso, temos as restrições de funcionamento ao comércio na capital, que já dura pouco mais de um mês. Esse movimento impacta diretamente na confiança de quem empreende”, diz Guilherme Almeida, economista-chefe da Fecomércio MG.
Segundo a federação, o índice tem objetivo de medir as perspectivas em relação ao futuro da economia, do comércio e das empresas, antecedendo aos resultados nas lojas na capital mineira. Além de servir como referência para as decisões relativas ao desenvolvimento local, o Icec auxilia os empresários em seus investimentos, controle de estoques e na geração de novas oportunidades de emprego.
Para elaboração da pesquisa, foram entrevistados mil empresários de Belo Horizonte nos últimos dez dias de fevereiro. A margem de erro é de 3,5% e o intervalo de confiança de 95%.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio é subdividido em três indicadores: o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec).
No Icaec, a percepção dos empresários é avaliada pela situação e condições atuais da economia do país, em março esse subindicador recuou 2,9 p.p, chegando a 59,7 pontos.
Já na Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) houve um destaque, já que aumentou 10,5 p.p em março, atingindo 122,0 pontos. Esse índice reflete as impressões do setor para os próximos meses e foi possível apresentar aumento por causa da contribuição de confiança das vendas da própria loja (75,5%), da evolução do setor (72,8%) e melhora da economia brasileira (62,0%).
O terceiro indicador, Iiec, retrata os planos de melhoria na loja, como ampliação de estoques e quadro de funcionários. Registrando 78,5 p.p em março, houve um recuo em relação a fevereiro, que alcançou 79,6 pontos. Segundo Guilherme Almeida: “35,7% dos empresários pretendem investir um pouco menos no estabelecimento. Esse movimento pode ser explicado pela falta de previsibilidade na retomada das atividades empresariais”.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira