A expectativa de especialistas é de aumento nas vendas no Dia das Mães em 2021, comparando com o ano passado, em Minas. Principalmente por causa da reabertura do comércio não essencial na maior parte do estado. A previsão é que as vendas de vestuário, calçado e acessórios cresça 42%.
Segundo o economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes, neste ano de 2021, o varejo não essencial deve ter um crescimento expressivo nas vendas em comparação a 2020, quando estávamos no início da pandemia da COVID-19 e estes segmentos estavam fechados para evitar a contaminação do vírus.
O economista conta que “em 2020, as vendas neste período caíram 18% em comparação ao Dia das Mães em 2019. Minas Gerais é o segundo estado com maior movimentação financeira nesta data comemorativa.”
Fábio explica que as vendas no varejo mineiro nos quatro primeiros meses de 2021 tiveram um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2020 e 2019, e que a movimentação financeira é de R$ 1,13 bilhão, se aproximando do ano de 2017, em que o estado faturou R$ 1,40 bilhão de reais.
Dados da CNC mostram que os segmentos que mais cresceram do ano passado para este ano foram vestuário, calçados e acessórios, com total de vendas de R$ 289 milhões; em segundo lugar, ficaram as farmácias e perfumarias, com R$ 220 milhões; e em terceiro, os móveis e eletrodomésticos, que arrecadaram R$ 180 milhões.
“Mesmo com este aumento expressivo, ainda há uma queda de 13% na movimentação dos consumidores pelos segmentos, por causa do isolamento social, em relação a 2019, que foi o ano anterior a pandemia”, ressalta o economista.
De acordo com Bentes, em 2020, algumas regiões de Minas tiveram uma queda de 70% na circulação dos consumidores pelos estabelecimentos do varejo.
“O varejo que mais cresceu de 2020 para 2021 e que terá maior número em vendas é o de vestuário, porque teve uma queda nos preços destes produtos e também por causa do alto índice de desemprego e a falta de dinheiro – as pessoas vão dar preferência à famosa lembrancinha”, explica Fábio Mendes.
Questionado sobre as vendas pela internet, Fábio respondeu que “pelo atual momento que estamos vivendo, as vendas on-line estão crescendo e hoje em dia correspondem a 6% do faturamento do varejo, que teve um aumento comparando com 2019 que correspondia a 4%. E este número tem a tendência a crescer mais no decorrer dos próximos anos”.
*Estagiária sob supervisão de Álvaro Duarte