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Estado de Minas NOVOS MERCADOS

Com estreia de voo para os EUA em junho, Eastern quer ampliar rotas de BH

Além das ligações da capital mineira para Boston, Miami e Nova York, empresa pretende, futuramente, incluir a Califórnia no leque de destinos


04/05/2021 21:10 - atualizado 04/05/2021 21:34

Em 28 de junho, a Eastern Airlines irá estrear com rota entre Miami e Aeroporto Internacional de BH
Em 28 de junho, a Eastern Airlines irá estrear com rota entre Miami e Aeroporto Internacional de BH (foto: Divulgação/Eastern Airlines)

A partir de 28 de junho, a companhia aérea norte-americana Eastern Airlines pretende fazer seu voo de estreia ligando Miami ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte , em Confins, na Região Metropolitana.

No dia seguinte, será a vez da rota de Nova York estrear. E em 1º de julho, a empresa fará, pela primeira vez, a operação entre Boston e Belo Horizonte. Os planos da Eastern, no entanto, não param por aí, uma vez que a companhia pretende ampliar suas operações na capital mineira.
De acordo com o vice-presidente de Network Sales and Services da Eastern Airlines, Joshua Bustos, a empresa pretende, futuramente, ligar Belo Horizonte até a Califórnia .

A capital mineira foi a escolhida no Brasil para que a companhia iniciasse suas operações conectando o país aos Estados Unidos. É uma iniciativa da companhia, que está expandindo suas atividades na América Latina. Segundo o executivo, uma pesquisa feita pela Eastern mostrou que poderia haver demanda partindo de BH.

“Nós olhamos para as cidades na América do Sul que não têm este serviço para os Estados Unidos, mas que têm uma ampla população que dê este retorno para um serviço ininterrupto. Nossa pesquisa nos mostrou que já haviam vários passageiros que já viajavam de Belo Horizonte para os EUA, fazendo as conexões. Então achamos que é uma ótima cidade”, justificou Joshua, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas .

Os voos das cidades norte-americanas até Belo Horizonte serão operados por aviões fabricados pela Boeing, modelo 767-300 .

Cada destino terá dois voos semanais. As passagens, que já estão sendo vendidas no site da Eastern Airlines, poderão ser adquiridas para viagem na classe econômica, que dispõe de 200 assentos, e na seção econômica premium, com 36 poltronas. Os passageiros também contarão com outras comodidades.

Uma delas é que quem viajar na classe econômica, por exemplo, poderá despachar uma bagagem de até 32kg de forma gratuita.

Além disso, passageiros da econômica premium terão prioridade no embarque e comidas quentes a bordo. Quem viajar com artigos esportivos, como bicicletas e pranchas, poderão ser levados sem cobrança extra.

O embarque de animais domésticos, como cachorro e gato, também será permitido.

Veja, na íntegra, a entrevista com Joshua Bustos

Como se deu a escolha por Belo Horizonte no projeto de expansão da empresa na América Latina?

Nós olhamos para as cidades na América do Sul que não têm este serviço para os Estados Unidos, mas que têm uma ampla população que dê este retorno para um serviço ininterrupto. Nossa pesquisa nos mostrou que já haviam vários passageiros que já viajavam de Belo Horizonte para os EUA, fazendo as conexões. Então achamos que é uma ótima cidade.

Serão três destinos operados pela Eastern saindo de Belo Horizonte: Nova York, Miami e Boston. Como está a previsão de início da operação de cada uma delas?

Em 28 de junho a gente lança Miami; em 29 de junho, Nova York, e em 1º de julho, Boston – aeroporto de Logan. Agora a previsão é fazer bem para o verão (inverno no Brasil). Se o governo diminuir as restrições e permitir viagens de turismo, a previsão será um sucesso. Mesmo [sem a diminuição das restrições] ainda vamos lançar Miami e outros com restrições porque acreditamos que ainda vai ter demanda dos voos.

Quais modelos de aeronaves irão operar cada uma das rotas? E quantos lugares há em cada uma, contando classe econômica e executiva?

Boeing 767-300. Esta aeronave tem 236 assentos. Temos 200 assentos na seção econômica e 36 na executiva.

O que a população de Belo Horizonte pode esperar da Eastern Airlines?

A Eastern Airlines gostaria de providenciar valor ao dinheiro e uma experiência agradável na viagem. Na (classe) econômica, todos os passageiros receberão a primeira bagagem de graça, até 32kg. Então estamos oferecendo uma quantidade muito generosa na bagagem que as outras companhias aéreas não têm. Adicionalmente, por termos uma grande aeronave, os consumidores têm a segunda, terceira e quarta bagagens por uma taxa bem mais baixa que outras companhias aéreas, também. Se viajar na econômica premium eles podem esperar check-in mais rápido, prioridade para embarcar, um fila dedicada ao check-in e comidas quentes a bordo. Para todos os viajantes oferecemos o primeiro equipamento de esporte de graça. Então, se tem bicicleta, coisas de golfe, etc, ele será levado a bordo da aeronave de graça. Se estiver em férias ou em viagens a trabalho, se quiser trazer seu cachorro ou gato, também permitimos o embarque.

Em relação ao Brasil, há expectativa de outras capitais serem atendidas pela Eastern no futuro? Há conversas em andamento?

Nós primeiro planejamos focar em Belo Horizonte. Lançamos três cidades inicialmente e o plano é adicionar a capacidade desses lugares à medida que o momento permitir. Também queremos expandir no futuro de Belo Horizonte para a Califórnia também. Assim que tivermos certeza do mercado e estivermos felizes com a situação, vamos procurar outras cidades no Brasil que não têm o serviço de vôos diretos para os Estados Unidos e que podemos fazer os vôos adicionais

Por fim, um comentário sobre o comportamento da Eastern durante a pandemia, uma vez que a empresa avança em novas rotas, enquanto outras recuaram por causa dos efeitos econômicos provocados pela COVID-19.

O que aprendemos durante a pandemia é que mesmo durante a COVID-19 as pessoas ainda querem visitar as suas famílias. Ainda tem aniversários, formaturas, casamentos, outras coisas positivas, mas também alguns eventos negativos. Mas, durante este período, os negócios ainda acontecem e as pessoas ainda querem visitar os familiares. 

O que encontramos especificamente entre os Estados Unidos e a América do Sul é que as pessoas na América do Sul, incluindo brasileiros, são muito resilientes. Se eles decidem que querem ir para casa visitar a mãe, COVID não vai impedi-los de fazer isso, então vão viajar quando precisarem. Então percebemos que, apesar de não conseguirmos tantos vôos como desejamos, ainda precisamos fornecer serviços essenciais entre os países e manter o transporte aberto para permitir essas pessoas que precisam de viajar.


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