A cesta básica em Belo Horizonte ficou 1,82% mais cara em abril, comparada com março deste ano, foram R$ 565,78 contra R$ 555,67 respectivamente. O tomate recebeu destaque no aumento, chegando a custar R$ 9 o quilo, uma variação de 29,53% entre os dois meses e BH foi a capital em que o item custou mais caro no último mês.
Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em 12 meses, a cesta básica de BH variou 16,76%. Além do tomate, outros oito alimentos encareceram em abril, o açúcar cristal (6,34%), café em pó (5,49%), feijão carioquinha (5,15%), carne bovina de primeira (2,76%), óleo de soja (1,08%), arroz agulhinha (1,01%), farinha de trigo (0,52%) e manteiga (0,33%).
Apesar da variação, alguns produtos tiveram redução no preço médio, como a banana (-8,74%), batata (-6,21%), pão francês (-4,98%) e leite integral (-1,45%).
As compras no supermercado ficaram mais caras em 15 capitais brasileiras no mês de abril. Florianópolis, em Santa Catarina, vendeu a cesta mais cara do país, custando em média R$626,11. Além dessa, outras três cidades tiveram alta nos valores, São Paulo (R$ 632,61), Porto Alegre (R$ 626,11) e Rio de Janeiro (R$ 622,04).
Em Belo Horizonte, os consumidores devem destinar cerca de 113 horas e 10 minutos de trabalho para comprar a cesta básica, sendo o salário mínimo atual R$1.100, cerca de 55,60% do valor é gasto nos produtos para uma pessoa adulta.
Poder de compra
Baseado no valor da cesta básica de Florianópolis, a mais cara do país, e em uma família com quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), o Diesse estimou que o salário mínimo deveria ser 4,85 vezes a mais que o atual, equivalente a R$ 5.330,69.
* Estagiária sob supervisão da subeditora ellen Cristie.