A 15ª edição do Dia Livre de Impostos (DLI) já tem data marcada: 27 de maio. A ação tem o objetivo de conscientizar a população quanto aos altos índices de impostos pagos pelo cidadão e que não retornam em forma de serviços essenciais como saúde, educação, segurança, entre outros.
Neste ano já são 173 cidades participantes de 22 estados.
A iniciativa é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e da CDL Jovem. Há quatro anos, a ação passou a ser realizada em outros estados brasileiros, com o apoio da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Neste ano já são 173 cidades participantes de 22 estados.
Até o momento, 1.030 lojas em diversas regiões do país vão oferecer mercadorias sem as taxas, responsáveis por sobrecarregar o valor final dos produtos.
São drogarias, perfumarias, supermercados, autoescolas, escolas de idiomas, lojas de material de construção, pet shops, lojas de calçados, roupas e acessórios.
São drogarias, perfumarias, supermercados, autoescolas, escolas de idiomas, lojas de material de construção, pet shops, lojas de calçados, roupas e acessórios.
A lista completa de empresas e produtos pode ser consultada no site www.dialivredeimpostos.com.br. Até o dia da ação, mais empresas devem aderir ao Dia Livre de Impostos.
151 dias trabalhados para pagar impostos
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), somente em 2020, os brasileiros trabalharam de 1º de janeiro a 30 de maio, exclusivamente, para pagar impostos municipais, estaduais e federais. Um total de 151 dias.
Na prática, isso significa que a tributação em relação à renda, consumo e patrimônio do brasileiro corresponde a 41,25% dos gastos.
Na prática, isso significa que a tributação em relação à renda, consumo e patrimônio do brasileiro corresponde a 41,25% dos gastos.
Ainda segundo o IBPT, o Brasil, além de figurar entre os 30 países com a maior carga tributária do mundo, é um dos que mais arrecada e dá o pior retorno à população em serviços públicos.
“Há anos carregamos o título de país com uma das maiores taxas de impostos e, infelizmente, o retorno para o cidadão contribuinte é um dos piores. Estamos, cada vez mais, trabalhando para pagar impostos. Em comparação à década de 1970, trabalhamos mais que o dobro para conseguir pagar a tributação”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Para o dirigente, o setor privado já vinha sendo sacrificado por um modelo fiscal que pune quem gera emprego no Brasil e, agora, com a pandemia da COVID-19, se sente duplamente prejudicado.
“A perspectiva do fechamento de milhares de empresas, a burocracia tributária e o baixo retorno dos impostos pagos levam à necessidade urgente do avanço da agenda da Reforma Tributária”, explica Souza e Silva.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina