O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 25, que o governo vê potencial de criação de 2 milhões de empregos "rapidamente" com o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), iniciativa que está sendo gestada para reduzir o desemprego.
Como mostrou o Broadcast, seria dada uma ajuda a jovens, em um valor que ficaria entre R$ 200 e R$ 300 por trabalhador. A empresa arcaria com uma bolsa em valor equivalente e qualificaria o jovem por meio de cursos ou treinamentos internos, em um esquema de "formação no local de trabalho" (do inglês "on job training").
As duas bolsas precisarão juntas assegurar o valor do salário mínimo/hora, hoje em R$ 5, assim como já ocorre no caso de trabalhadores intermitentes. O jovem incluído no BIP terá uma jornada máxima de quatro horas diárias.
No caso da adoção da jornada máxima, por exemplo, o jovem receberia ao menos R$ 20 por dia. Desse valor, o governo pagaria R$ 10, enquanto os outros R$ 10 viriam da empresa. A companhia poderá pagar valores maiores, se julgar conveniente. Não haverá incidência de encargos trabalhistas, uma vez que o BIP se assemelha a um estágio.
Segundo Guedes, o governo já vem conversando com empresas e muitas demonstraram interesse na iniciativa e que o programa pode ser a entrada para a Carteira Verde e Amarela, medida almejada pela equipe econômica para reformular regras trabalhistas e retirar encargos sobre a folha de pagamento.
O ministro também ressaltou que amanhã serão anunciados os resultados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reflete as oscilações no mercado formal de trabalho. "Se a gente criar 200 mil novas vagas, será um milhão no primeiro quadrimestre", destacou.
Guedes disse ainda que o governo não vai "desindustrializar" o Brasil e que tem buscado a abertura econômica para impulsionar o crescimento e a produtividade. Ele ressaltou que tem trabalhado pela redução de tarifas externas do Mercosul, apesar das resistências da Argentina, outro membro do bloco. O ministro frisou, porém, que o Brasil não pode deixar de avançar nessa agenda por causa do país vizinho.
Caixa
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, em tom de brincadeira, que o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está tão popular que poderá ser candidato a vice-presidente. Guimarães tem acompanhado o presidente Jair Bolsonaro em eventos recorrentemente.
Em evento do BTG Pactual, Guedes ressaltou que a Caixa, além de operacionalizar o pagamento do auxílio emergencial, está "democratizando" o acesso ao crédito e entrando em áreas em que antes não atuava.
"Pedro Guimarães daqui a pouco vai ser candidato a vice-presidente da República, tá popular", completou Guedes.
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