A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso representa o recorde de 14,805 milhões de pessoas desempregadas. "É o maior contingente de toda a nossa série histórica", apontou Adriana Beringuy, gerente da Pnad Contínua.
Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,2%. No trimestre até fevereiro, a taxa de desocupação estava em 14,4%.
Em relação a março de 2020, o número de desempregados aumentou 15,2%, 1,956 milhão de pessoas a mais procurando trabalho. O total de desocupados cresceu 6,3% em relação a dezembro, 880 mil pessoas a mais em busca de uma vaga.
A população ocupada somou 85,650 milhões de pessoas, 529 mil trabalhadores a menos em um trimestre. Em relação a um ano antes, 6,573 milhões de pessoas perderam seus empregos.
A população inativa somou 76,483 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março, 225 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 9,202 milhões de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - caiu de 53,5% no trimestre encerrado em março de 2020 para 48,4% no trimestre até março de 2021. No trimestre terminado em dezembro de 2020, o nível da ocupação era de 48,9%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.544 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 212,514 bilhões no trimestre até março, queda de 6,7% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.