A Fitch estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá este ano 3,3%, após o tombo de 4,1% em 2020. Para o ano que vem, é esperada uma desaceleração, a 2,5%. No levantamento Focus, do Banco Central, da última segunda-feira, os economistas do mercado financeiro apontavam avanço de 3,52% em 2021 e de 2,30% em 2022.
Na visão da Fitch, a taxa estimada de crescimento se dá por causa do carrego estatístico e a fatores externos, como preços mais altos de commodities e recuperação global, em particular da China.
"Políticas macroeconômicas restritivas e incertezas relacionadas à corrida eleitoral do próximo ano podem pesar sobre o investimento e o crescimento em 2022. Riscos negativos derivam da evolução incerta da pandemia e potenciais atrasos no processo de vacinação", pondera a agência, que vê também riscos para o crescimento de uma eventual perda de confiança na trajetória das finanças públicas.
Sobre a inflação, a Fitch corrobora a aposta do mercado de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) irá ultrapassar a meta central de 3,75% este ano e que o Banco Central seguirá elevando os juros para debelar essas pressões.
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