Com produção nacional estimada em 271,7 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos de 2020/21 está sendo ameaçada pela falta de chuvas em várias regiões do País. A seca afeta principalmente o milho da segunda safra, o feijão e o trigo. A soja e o milho da safra principal já tiveram a colheita praticamente encerrada. Mesmo com a previsão de safra recorde, os técnicos da Conab preveem uma queda mínima de 2,1 milhões de toneladas por causa do plantio do milho fora da janela ideal, em razão da baixa ocorrência de chuvas.
Em todo Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, na maior parte do Paraná e no sudoeste paulista, a média de chuvas ficou pelo menos 30% abaixo do esperado. "Estamos com baixo volume de chuvas nos últimos 60 dias e as lavouras de milho já apresentam perdas significativas de produção. Posso dizer que, em 40% da área cultivada, vou salvar a metade da produção esperada. No restante, as perdas serão maiores do que 60%", disse o produtor Valdir Fries, de Itambé, no Paraná.
Segundo ele, houve uma ocorrência de chuva com baixo volume em meados de abril e outra chuva fraca há 15 dias, insuficiente para melhorar as reservas hídricas do solo. O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) disse que muitos produtores rurais já estão acionando o seguro em função das perdas na segunda safra do milho, também conhecida como safrinha. Na região de Apucarana, sindicatos rurais mobilizam os produtores para o recebimento dos seguros.
Na região de Capão Bonito, interior de São Paulo, a escassez de chuvas também preocupa os agricultores. "Aqui tem acontecido chuvas com pouco volume, menos do que nos anos anteriores, mas ainda não houve um impacto muito forte nas lavouras. O problema é que as nascentes estão fracas para o uso de irrigação, quando ela for necessária", disse o produtor Emílio Kenji Okamura.
No sudoeste paulista, a falta de chuvas causou redução de 23% na área cultivada com o feijão. Quem plantou, enfrentou problema com a estiagem. "Esperava colher 80 sacas (60 kg) por hectare, mas não vou chegar a 40. O feijão começou com bom desenvolvimento, mas faltou chuva na floração e as vagens não encheram como se esperava", disse o agricultor João Floriano, do município de Itaberá. A colheita está prevista para a primeira quinzena de junho.
No Estado de Mato Grosso, segundo monitoramento da Conab, a falta de chuvas já afeta a safra de milho, mas as lavouras ainda podem se recuperar se houver a regularização do clima. Em Mato Grosso do Sul, no entanto, as perdas já são irreversíveis. Pelo menos 75% das lavouras já apresentam perdas, que ainda podem se tornar mais severas. Nas lavouras do produtor Higino Hernandes, de Rio Verde, a quebra na produção passa de 50%. "As plantas que estão no enchimento de grãos e não encontram umidade no solo produzem espigas pequenas, com grãos chochos", afirmou.
Em Goiás, além das perdas já ocasionadas pela falta de chuvas, o prolongamento da estiagem prejudica a reserva de água para irrigação. A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) está orientando os agricultores a estocarem água em tanques e bacias de contenção. "As chuvas têm vindo fortes, mas escassas e a água mais escoa do que infiltra no solo. Temos de aproveitar essa água e fazer o uso racional para irrigação", disse o gestor de agricultura irrigada, Vitor Hugo Antunes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em todo Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, na maior parte do Paraná e no sudoeste paulista, a média de chuvas ficou pelo menos 30% abaixo do esperado. "Estamos com baixo volume de chuvas nos últimos 60 dias e as lavouras de milho já apresentam perdas significativas de produção. Posso dizer que, em 40% da área cultivada, vou salvar a metade da produção esperada. No restante, as perdas serão maiores do que 60%", disse o produtor Valdir Fries, de Itambé, no Paraná.
Segundo ele, houve uma ocorrência de chuva com baixo volume em meados de abril e outra chuva fraca há 15 dias, insuficiente para melhorar as reservas hídricas do solo. O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) disse que muitos produtores rurais já estão acionando o seguro em função das perdas na segunda safra do milho, também conhecida como safrinha. Na região de Apucarana, sindicatos rurais mobilizam os produtores para o recebimento dos seguros.
Na região de Capão Bonito, interior de São Paulo, a escassez de chuvas também preocupa os agricultores. "Aqui tem acontecido chuvas com pouco volume, menos do que nos anos anteriores, mas ainda não houve um impacto muito forte nas lavouras. O problema é que as nascentes estão fracas para o uso de irrigação, quando ela for necessária", disse o produtor Emílio Kenji Okamura.
No sudoeste paulista, a falta de chuvas causou redução de 23% na área cultivada com o feijão. Quem plantou, enfrentou problema com a estiagem. "Esperava colher 80 sacas (60 kg) por hectare, mas não vou chegar a 40. O feijão começou com bom desenvolvimento, mas faltou chuva na floração e as vagens não encheram como se esperava", disse o agricultor João Floriano, do município de Itaberá. A colheita está prevista para a primeira quinzena de junho.
No Estado de Mato Grosso, segundo monitoramento da Conab, a falta de chuvas já afeta a safra de milho, mas as lavouras ainda podem se recuperar se houver a regularização do clima. Em Mato Grosso do Sul, no entanto, as perdas já são irreversíveis. Pelo menos 75% das lavouras já apresentam perdas, que ainda podem se tornar mais severas. Nas lavouras do produtor Higino Hernandes, de Rio Verde, a quebra na produção passa de 50%. "As plantas que estão no enchimento de grãos e não encontram umidade no solo produzem espigas pequenas, com grãos chochos", afirmou.
Em Goiás, além das perdas já ocasionadas pela falta de chuvas, o prolongamento da estiagem prejudica a reserva de água para irrigação. A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) está orientando os agricultores a estocarem água em tanques e bacias de contenção. "As chuvas têm vindo fortes, mas escassas e a água mais escoa do que infiltra no solo. Temos de aproveitar essa água e fazer o uso racional para irrigação", disse o gestor de agricultura irrigada, Vitor Hugo Antunes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.