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Estado de Minas PANDEMIA

Salário de maio está atrasado em quase 60% dos bares e restaurantes de MG

Pesquisa da Abrasel mostra que empresários do ramo estão endividados e, além dos salários, não conseguem pagar impostos municipais e federais


31/05/2021 18:22 - atualizado 31/05/2021 19:18

Fechar os bares e restaurantes antes das 20h é um dos problemas apontados pela Abrasel-MG(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Fechar os bares e restaurantes antes das 20h é um dos problemas apontados pela Abrasel-MG (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Pesquisa realizada com empresários do setor de bares e restaurantes de Minas Gerais revelou que 58% deles têm problemas para pagar integralmente os salários de abril, vencidos no quinto dia útil deste mês.

O levantamento, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nesta segunda-feira (31/5), foi feito entre 4 e 10 de maio, com 457 empresários do setor.

Um dos principais motivos para o atraso no salário é a restrição de funcionamento dos estabelecimentos, de acordo com as regras impostas pelas prefeituras e Estado, na intenção de conter o avanço da COVID-19.
 
A necessidade de fechar os bares e restaurantes antes das 20h é apontada como obstáculo. Segundo o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o funcionamento noturno é responsável por 70% das receitas dos estabelecimentos.
“A liberação do funcionamento até as 19 ou as 20h é irrisória, principalmente para um segmento que precisa funcionar à noite, já que o horário noturno é responsável por 70% das nossas receitas. Com isso, estamos faturando menos de 40% em relação ao que arrecadávamos antes da pandemia”, disse.
 
Outro dado da pesquisa mostra que 81% dos empresários estão endividados e têm pagamentos de impostos federais, como Imposto de Renda e INSS, atrasados.

Outros 43% afirmam que o IPTU também está vencido, além das contas mensais de aluguel, luz e gás.
 

Sem ajuda do governo federal


A falta de apoio de apoio do governo federal com a aprovação de créditos emergenciais também contribui para o endividamento. Segundo Matheus, os valores de débito fazem com a ajuda seja ainda mais necessária, principalmente por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
 
“O alto endividamento e a luta para nos mantermos respirando tornam gigantesca a necessidade de crédito emergencial barato e rápido. Prova disso é que três a cada quatro empresários ouvidos na pesquisa recorreriam ao Pronampe neste momento, se ele fosse reaberto. É preciso destravá-lo”.
 
 
O Pronampe é uma assistência de crédito especial às micro e pequenas empresas, que foi reformulado e aprovado pelo Senado em 11 de maio e agora aguarda sanção presidencial.
 
Para tentar melhorar a situação do estabelecimento, 53% dos entrevistados pretendem adiar o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como permitido pela Medida Provisória 1046.

Além disso, 42% pretendem reduzir a jornada de trabalho dos funcionários e outros 44% irão suspender o contrato.
 
Em geral, 83% dos empresários do ramo ficaram em prejuízo em abril, número parecido com o mês anterior, que era de 82%.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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