Pelo menos oito grandes usinas hidrelétricas na região Sudeste devem ficar com reservatórios perto do colapso total até 30 de novembro, fim do período de estiagem. Essa perspectiva provocará restrições no atendimento energético nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A previsão é de que o cenário, que já era crítico em 2020, se mantenha em 2021. De acordo com a Agência Nacional de Águas (Ana), das oito unidades apontadas pelo ONS, cinco podem chegar ao fim do período de seca com os volumes úteis esgotados – que pode ampliar a possibilidade de blecautes.
A previsão é de que o cenário, que já era crítico em 2020, se mantenha em 2021. De acordo com a Agência Nacional de Águas (Ana), das oito unidades apontadas pelo ONS, cinco podem chegar ao fim do período de seca com os volumes úteis esgotados – que pode ampliar a possibilidade de blecautes.
No estudo apresentado à Ana, o ONS conclui que “considerando-se as previsões de afluência obtidas com a chuva de 2020, prevê-se a perda do controle hidráulico de reservatórios da bacia do Rio Paraná no segundo semestre de 2021 e essa perda de controle implicaria em restrições no atendimento energético nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste”, destaca.
“Mesmo considerando as flexibilizações adicionais das defluências mínimas no Baixo Paraná e na Hidrovia Tietê-Paraná, os principais reservatórios da bacia do Rio Paraná chegam ao final do período seco com níveis críticos de armazenamento”, afirma o estudo.
“Mesmo considerando as flexibilizações adicionais das defluências mínimas no Baixo Paraná e na Hidrovia Tietê-Paraná, os principais reservatórios da bacia do Rio Paraná chegam ao final do período seco com níveis críticos de armazenamento”, afirma o estudo.
O ONS aponta, ainda, uma redução das sobras, nos reservatórios, principalmente a partir do mês de setembro, se agravando no mês de outubro de 2021. E explica que o conjunto de reservatórios das usinas na bacia do rio Paraná corresponde a 76% da capacidade máxima de armazenamento do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste e um pouco mais da metade (53%) da capacidade de armazenamento de todo o SIN (Sistema Interligado Nacional), indica. “Em novembro há praticamente esgotamento de todos os recursos, sendo necessário o uso da reserva operativa a fim de evitar déficit de potência”, reforça o documento.
“A redução das defluências mínimas no Baixo Paraná, operação abaixo da cota mínima em Ilha Solteira e Três Irmãos e o uso de todos os recursos armazenados nas bacias dos rios Grande e Paranaíba podem permitir a manutenção da governabilidade hidráulica de reservatórios da bacia do Rio Paraná até novembro; e as medidas indicadas, que resultam na manutenção da governabilidade hidráulica da bacia do rio Paraná, permitem assegurar o atendimento eletroenergético do SIN (Sistema Interligado Nacional) em 2021”, destaca o ONS.
Vazão menor
Em função dessas constatações, o Operador recomenda que a Ana faça testes de redução das vazões de vários reservatórios e que tenha especial atenção à situação desfavorável do rio Paraná que engloba as bacias dos rios Paranaíba, Grande, Tietê e Paranapanema, na qual se encontram os principais reservatórios de regularização do SIN.
“Essas usinas e respectivos reservatórios são de extrema importância para a operação do SIN, pois os recursos neles estocados são capazes de garantir energia nos períodos secos, quando não há contribuições significativas das usinas instaladas na região Norte do país, que em muito ajudam no atendimento da carga do SIN nos períodos chuvosos.