A Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), em audiência nesta segunda-feira (7/6), se reúne com representantes dos setores de cultura, eventos e turismo, para a votação de soluções visando a retomada das atividades desses segmentos, considerados os mais afetados com a pandemia da COVID-19.
Segundo o deputado Thiago Cota (MDB), que presidia a reunião, um dos requerimentos aprovados é que sejam encaminhados ao governo de Minas os valores das parcelas do acordo com a empresa Vale para serem destinados aos setores de turismo, hospitalidade, cultura e de eventos.
Também foi requerido e aprovado um plano para a isenção de cobrança de impostos e taxas de segurança pública e cadastros, após a retomada das atividades, para empresas de eventos e turismo que sejam optantes ou não pelo Simples Nacional, já que esses impostos são quitados com a realização dos eventos.
Thiago Cota destacou a relevância do turismo, como maior geração de economia do estado. "Temos como exemplo as cidades históricas de Ouro Preto e Mariana, locais mais frios como Monte Verde e a região de Furnas, cuja maior geração de renda são os visitantes", diz.
Dados da Fecomércio mostram que o setor de turismo já deixou de arrecadar, desde o início da pandemia, R$ 312 bilhões, e que 12% dos empregos gerados em Minas são decorrentes do turismo.
O deputado Bernardo Mucida (PSB) explicou que o setor de cultura e eventos está fechado desde o início da pandemia, sem nenhuma retomada, por precisar de reuniões presenciais, o que não é permitido. Ele ressalta que, mesmo no caso de uma terceira onda mais branda, ainda não há previsão de quando esses segmentos poderão retomar as atividades.
O diretor da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Leonardo Cassiano Simao Neves, questionou a falta de apoio dos governantes para o setor. "Estamos há 16 meses sem trabalhar, sem faturar nenhum centavo. Entendemos a dor dos outros, mas após tanto tempo, estamos nos sentindo desamparados," lamenta o diretor.
Leonardo Cassiano acrescentou também que há um grande preconceito com o setor de eventos. "A alimentação nos shoppings pode funcionar no período da pandemia e os bufês não estão podendo funcionar, seguindo as mesmas regras de segurança."
Thiago Costa ressaltou que a audiência não é para promover a aglomeração, mas sim para encontrar alternativas e que esses setores possam voltar às atividades com segurança, obedecendo os protocolos do Ministério da Saúde.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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