O Dia dos Namorados encerra o calendário de datas comemorativas do primeiro semestre. O impacto comercial é demarcado pela emoção, e alguns setores, como as floriculturas, se destacam nas vendas específicas para os apaixonados. Os comerciantes estão esperançosos com o resultado, apesar de acreditarem que grande parte do faturamento será de ‘última hora’.
Flor e Ana. A proprietária Carolina Braga se disse surpresa com as vendas: “Na verdade, foi uma grande surpresa. Tivemos aumento nos pedidos, acredito que isso se deve ao trabalho em casa. As pessoas querem estar com ambiente mais colorido e harmônico”.
A pandemia de COVID-19 não gerou grandes prejuízos para algumas floriculturas, como no ateliê A loja foi inaugurada durante a pandemia, mas já lucrou com o Dia das Mães, chegando ao ponto de ter de recusar pedidos pela quantidade de produtos que já havia se programado para vender.
“No Dia das Mães, planejamos atender 200 pedidos e acabamos recebendo mais de 300. Precisamos até recusar alguns”, disse Carolina Braga.
“No Dia das Mães, planejamos atender 200 pedidos e acabamos recebendo mais de 300. Precisamos até recusar alguns”, disse Carolina Braga.
“Já para o Dia dos Namorados, aumentamos em 50% a quantidade de pedidos, agora estamos esperando cerca de 400. Também contratei mais pessoas para equipe e estamos dando 5% de desconto nos arranjos que são comprados com antecedência”, explica a dona do ateliê.
Segundo Carolina, a maioria das compras são feitas cerca de dois dias antes da comemoração, o que dificulta alguns processos de produção e para incentivar os pedidos com antecedência, resolveram dar descontos aos clientes.
Ela acredita que vai lucrar 50% a mais que o Dia das Mães, sendo que o arranjo mais vendido custa R$ 349.
Ela acredita que vai lucrar 50% a mais que o Dia das Mães, sendo que o arranjo mais vendido custa R$ 349.
As compras de 'última hora' são comuns no ramo. A sócia do 82 Atelier Botânico Patrícia Wanner compartilha dessa expectativa e já se preparou para vender muito mais entre os dias 10 e 12.
“Fizemos um pedido no distribuidor com bastante de medo das quantidades, porque todos compram em cima da hora e achamos que nunca vai dar para vender tudo. Mas, dois dias antes da data, os pedidos aumentam muito”, explicou.
“Fizemos um pedido no distribuidor com bastante de medo das quantidades, porque todos compram em cima da hora e achamos que nunca vai dar para vender tudo. Mas, dois dias antes da data, os pedidos aumentam muito”, explicou.
A pandemia também teve efeito positivo nas vendas de sua loja, que está no mercado há quatro anos. “Foi uma grata surpresa para o negócio. Depois que chegamos ao volume de vendas que queríamos, pensamos o que seria quando tudo acabasse. Então, fizemos consultorias para saber administrar o crescimento, para que a gente continuasse de forma saudável”, disse Patrícia.
Com mais um Dia dos Namorados pela frente, ela acredita que as vendas vão se concentrar em um dos kits de R$ 225, que é composto por arranjo de flores, chocolates e uma vela aromática.
“Vendemos sempre o meio da tabela: 20% das pessoas vão no mais caro, 35% nos pedidos mais baratos e 45% a 50% vão ter um ticket médio de R$ 200 a R$ 250. Neste ano esperamos vender 30% a mais, chegando a 200 arranjos entre quinta-feira e sábado, média de 70 por dia”, explicou a sócia.
Data mais lucrativa
Enquanto Patrícia vai para o quarto ano de vendas nesta data, os sócios Bruna Barros e Lucas Máximo, da Flora de Verdade, estão encarando o primeiro Dia dos Namorados na floricultura.
Eles esperam vender menos que o Dia das Mães, porém o valor médio de consumo é maior.
“A forma de consumo dos namorados é diferente dos filhos. No Dia das Mães compram mais de um presente, agora consomem com ticket médio mais alto. Em termos de quantidade, acreditamos que vamos atender menos pessoas, cerca de metade das mães. Mas sobre os valores, achamos que seja maior”, disse Bruna.
A flora aguarda cerca de 50 pedidos nesta semana, cada um em torno de R$ 200, que são buquês com outros itens de presente, como rosquinhas e mandalas.
Eles alertam para a alta de valores nas flores, que também pode influenciar na quantidade de vendas. Por isso, acreditam que esta data será mais voltada para captar clientes e ficarem por dentro do mercado do que faturar.
“O negócio tomou uma proporção maior do que imaginávamos inicialmente. O que temos nestes dias comemorativos é um aumento da matéria-prima, por isso a data é mais para fazer clientela do que faturar”, finalizou Lucas.
“O negócio tomou uma proporção maior do que imaginávamos inicialmente. O que temos nestes dias comemorativos é um aumento da matéria-prima, por isso a data é mais para fazer clientela do que faturar”, finalizou Lucas.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina