O apaixonado que mandar uma cesta recheada de guloseimas e salgadinhos provavelmente vai acertar no agrado para a pessoa amada. É que durante a pandemia, a distância fez com que muitas pessoas recorressem ao tradicional envio de agrados em casa para demonstrar carinho e afeto. No Dia dos Namorados, data tradicionalmente emotiva, a expectativa dos comerciantes é de vender mais que 2020.
Floreou no mês dos namorados, como explica Ana Carolina de Brito, dona do atelier: “Tivemos até aumento de vendas. Como a loja é online, eu tenho muitos pedidos, até de outros estados e países. Antes da pandemia já fazíamos cestas, mas o home office trouxe esse espírito de ficar aconchegado e mandar presentes para quem gostamos, algo que facilitou o caminho das cestas. Agora são opções variadas e as pessoas buscaram outras alternativas para presentear e estar mais próximas umas das outras”.
O acumulado de clientes na pandemia garantiu as vendas da loja As vendas deste ano são mais ambiciosas que 2020. A meta é vender 200 pedidos de cestas e flores. “A cada ano aumentamos a meta, em 2020 foram 120 pedidos. Agora esperamos atender 200 pedidos de flores e cestas. Apesar de nesta data, as cestas sozinhas vendem um pouco menos que no Dia das Mães, por exemplo. Foram 235 em maio e comparado a isso, esperamos atender a metade, com cerca de 150 pedidos apenas de cestas”, explicou a proprietária da loja.
Os kits da loja variam de R$70 a R$250 e no Dia dos Namorados, a expectativa é vender todas as cestas mais baratas primeiro. Ana Carolina garante que os clientes costumam gastar um ticket médio de R$ 200 para a data.
“Geralmente vendemos as de R$ 70 primeiro, essas chegam a esgotar. Mas as outras cestas também acabam saindo, principalmente porque as pessoas deixam para última hora e o estoque da mais barata não é tão grande. Mas, em média, aqui na loja gastam de R$ 150 a R$ 200 para o Dia dos Namorados”, finaliza Ana Carolina de Brito.
Outro comerciante esperançoso com as vendas para os casais apaixonados, é David Alves, dono da Central Cestas. A loja já está há mais de 10 anos no mercado e ele garante que a data é uma das mais proveitosas para vender. “A procura é muito grande no Dia dos Namorados, acredito que é uma surpresa legal, além de agradar facilmente”, disse.
Durante o ano de pandemia, os clientes da loja cresceram ainda mais, porém David acredita que a procura foi motiva pela falta de opções para presentear. “A gente já está no mercado há muito tempo, então nossa clientela é ampla. Teve aumento, mas acho que foi pela dificuldade momentânea de não ter jeito de comprar presentes, porque os shoppings e lojas estavam fechadas, então as cestas foram uma boa. A pandemia acabou forçando as pessoas a procurarem novas opções para presentear”, explicou o dono da loja.
Para 2021, a expectativa de vendas é igual ao ano passado, com média de gastos dos clientes entre R$ 180 e R$ 200. “Para os namorados ainda estamos fazendo a campanha e a expectativa é igual do ano passado, em média 300 cestas. As nossas são a partir de R$ 140, então os gastos geralmente ficam entre R$ 180 a R$ 200. Nessa data normalmente o pessoal gosta muito de kits com pelúcia e chocolate”, conta David.
Para atrair mais clientes, a loja está dando descontos de 10% nos pagamentos realizados com o Pix. “Temos desconto não só para essa data, mas usamos como atrativo para as compras do Dia dos Namorados. Muitos clientes usam o método e damos 10% de desconto para pagamentos feitos pelo Pix”, finalizou David Alves.
Preços maiores, lucros menores
Mesmo com alto volume de vendas, a loja Mundo Carol Presentes acredita que o lucro será menor. Segundo o sócio Hugo Felipe Ribeiro, o valor dos produtos está cada vez mais alto. Porém, repassar 100% do aumento para os clientes não é viável.
“O lucro em si, talvez seja menor que ano passado, porque o volume é alto, mas os fornecedores estão aumentando o valor e não podemos repassar todo o custo, senão perdemos mercado”, disse o sócio.
A loja, que já foi física, esperava o sucesso que teve na pandemia, justamente por migrar para o comércio online e receber clientes de diversos lugares. “Comparando com as vendas da loja física, já imaginávamos que seria um movimento muito maior, principalmente porque a pandemia fechou a maioria dos segmentos físicos e as pessoas passaram a procurar produtos na internet. Então, não foi um crescimento fora do contexto, já tínhamos a expectativa”, explica Hugo.
Apesar do dilema com valores de compra e repasse, os pedidos estão a todo vapor na loja, que tem expectativa de vender 200 cestas até o grande dia. Em média, os clientes montam kits de R$150, sendo a maioria com pelúcias e flores inclusas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria