O avanço nas importações de insumos pela indústria de transformação em maio sinaliza perspectivas de crescimento nessa atividade nos próximos meses, segundo os dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A indústria de transformação aumentou em 47,9% o volume importado de bens intermediários em maio deste ano ante maio de 2020.
A atividade industrial também importou 44,9% mais bens de capital em maio de 2021 ante maio de 2020. Se excluída a influência das plataformas de petróleo, ainda houve crescimento de 44,4% nas importações de máquinas e equipamentos pela indústria, o que indica investimentos no setor.
A importação de bens de consumo duráveis no País avançou 135,8%; e a de bens de consumo não duráveis aumentou 26,2%. Já a importação de bens de consumo semiduráveis caiu 2,4%.
A indústria brasileira também exportou mais em maio, em relação ao mesmo período de 2020. O volume de exportações de bens de consumo duráveis teve um salto de 448,8%, enquanto o de bens de capital aumentou 121,8%.
As exportações de bens de consumo semiduráveis cresceram 127,2%, e as de bens intermediários avançaram 15,2%, enquanto as de bens não duráveis caíram 4,1%.
Em maio, a balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 9,3 bilhões. O volume exportado cresceu 10,2% em relação a maio de 2020, enquanto o volume importado aumentou 42,1%. No acumulado de janeiro a maio de 2021, o superávit comercial foi de US$ 27,1 bilhões. O volume exportado aumentou 7,1%, e o importado cresceu 17,4%.
A China é o principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira em 2021. O comércio com os chineses de janeiro a maio resultou num superávit de US$ 19,1 bilhões para o Brasil, o equivalente a 70,4% do superávit acumulado no ano. Já o comércio com os Estados Unidos de janeiro a maio levou a um déficit de US$ 2,8 bilhões para o Brasil.
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