Uma nova unidade da indústria cafeeira no município de Capelinha promete aquecer a economia no Vale do Jequitinhonha. Ao todo, R$ 10 milhões serão investidos pelo Jequitinhonha Alimentos na estrutura, que ocupará uma área de 10 mil metros quadrados, capaz de produzir 1.800 quilos de café por hora. A expectativa do grupo empresarial é promover um crescimento de 10% ao ano até 2026.
Luiz Carlos Moreira Barbosa, CEO do Jequitinhonha Alimentos, já projeta a marca para todo o Brasil, mas antes quer consolidar a presença em grandes polos do interior mineiro e também na capital. “Vamos alcançar os demais municípios de Minas que ainda não têm pontos de venda do Café Jequitinhonha e ainda estabelecer nossa chegada em Belo Horizonte, que já demanda nosso café”, diz.
A geração de empregos com as atividades da fábrica do Café Jequitinhonha pode chegar a 120 empregos, considerando os 50 novos empregos diretos que estão por vir, segundo Luiz Carlos Moreira. O CEO do grupo garante que o café produzido é considerado pelos especialistas um produto de alta qualidade por suas especificidades de topografia, com altitude acima de 800 metros e clima “terroir”, características singulares, favoráveis à produção de cafés de alto padrão.
Unidade fabril moderna
Fundada em 1998, há 23 anos, a Indústria de Café Jequitinhonha iniciou suas atividades com uma pequena fábrica no fundo do quintal de casa do seu criador, Luiz Carlos Moreira Barbosa, e sua esposa, Jucondina Barbosa. Sem funcionários, o primeiro torrador foi comprado de segunda mão. Desde o início, o grau de pureza e o sabor diferenciado do seu produto chamaram a atenção dos seus primeiros clientes.
O negócio cresceu e, em 2000, a marca já era comercializada em três cidades diferentes, com produção de 100 sacas mensais de café. Em 2005, a chegada de mais tecnologia permitiu o empacotamento automático, o que facilitou sua expansão para mais municípios. Naquele ano, a produção já alcançava 500 sacas.
Em 2010, a linha de produção foi mais uma vez ampliada e a fábrica atingiu o patamar de 300 kg de café por hora. A antiga unidade fabril, então, passou a ficar pequena. A construção da nova sede começou em 2019. Foram dois anos de planejamento e execução.
Antes do início da pandemia do novo coronavírus, Luiz Carlos Moreira viajou para cidades brasileiras diversas para conhecer outras unidades fabris. Conversou com empresários, investigou sobre tecnologia e produtividade.
Nova unidade
Para a nova unidade fabril, a indústria de Café Jequitinhonha adquiriu o maquinário completo, um dos mais modernos da indústria brasileira e da região do Vale do Jequitinhonha. A aquisição demandou a mudança para um endereço maior, com mais de 10 mil metros quadrados.
O novo equipamento permite a seleção, a torra e o empacotamento de um café puro, com padrão de excelência certificado com Selo de Pureza e Qualidade da Associação Brasileiro da Indústria de Café (ABIC), para os cafés tradicionais. Com isso, o ciclo produtivo do café passa a ser 100% automatizado.
O novo equipamento permite a seleção, a torra e o empacotamento de um café puro, com padrão de excelência certificado com Selo de Pureza e Qualidade da Associação Brasileiro da Indústria de Café (ABIC), para os cafés tradicionais. Com isso, o ciclo produtivo do café passa a ser 100% automatizado.
“Nós buscamos uma tecnologia que agregasse volume e agilidade na produção, mas que, sobretudo, mantivesse o mais alto grau de pureza do Café Jequitinhonha, preservando o sabor artesanal que nos trouxe até aqui”, explicou o CEO do grupo.
O combustível para a operação da indústria é a lenha de reflorestamento (eucalipto), que gera o mínimo de resíduo na combustão, sem toxinas, e propicia um processo de torra mais controlado e eficiente. Com isso, as características e sabores do grão de café são preservadas, sem agredir o meio ambiente.
Tradição
“Somos um município cafeeiro por tradição, desde a década de 1970. A instalação de uma indústria de café moderna como esta, do Jequitinhonha Alimentos, só reforça essa vocação empreendedora da região da Chapada de Minas. Além de elevar o nome de Capelinha enquanto produtora de café, muito contribui na geração de emprego e renda”, diz o prefeito de Capelinha, Tadeu Filipe Fernandes de Abreu.