O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 37,439 bilhões em maio, conforme o Banco Central. Em abril, o resultado nominal havia sido superavitário em R$ 29,966 bilhões e, em maio de 2020, deficitário em R$ 140,401 bilhões.
No mês passado, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) registrou déficit nominal de R$ 39,453 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 2,256 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 242 milhões.
O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública. Em função da pandemia do novo coronavírus, que reduziu a arrecadação dos governos e elevou as despesas, o déficit nominal tem sido mais elevado nos últimos meses.
No ano até maio, o déficit nominal somou R$ 75,039 bilhões, o que equivale a 2,19% do PIB.
Em 12 meses até maio, há déficit nominal de R$ 724,262 bilhões, ou 9,14% do PIB.
Gasto com juros
O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 21,897 bilhões com juros em maio, após esta rubrica ter encerrado abril com saldo positivo de R$ 5,711 bilhões, informou o Banco Central.
Além de registrar os gastos propriamente ditos do setor público com os juros da dívida pública, esta rubrica contabiliza os resultados do Banco Central com seu estoque de swaps a cada mês. Em função disso, é possível que haja, em alguns meses, resultado positivo na rubrica de juros, como ocorreu em abril.
Conforme o BC, o Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 18,529 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 2,992 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 376 milhões.
No ano até maio, o gasto com juros somou US$ 135,339 bilhões, o que representa 3,95% do PIB.
Em 12 meses até maio, as despesas com juros atingiram R$ 295,632 bilhões (3,73% do PIB).
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