Após a criação de 116.423 vagas em abril (dado revisado nesta quinta-feira), o mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 280.666 carteiras assinadas em maio, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados neste dia 1º de julho pelo Ministério da Economia.
O resultado do mês passado decorreu de 1,548 milhão de admissões e 1,268 milhão de demissões. Em maio do ano passado, em meio à primeira onda da pandemia de covid-19 no País, houve fechamento de 373.888 vagas com carteira assinada.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, e acima da mediana, de 157.500 postos de trabalho. As projeções eram de abertura líquida de 71.000 a 362.000 vagas em maio.
Acumulado
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 1,233 milhão de vagas. No mesmo período do ano passado, houve destruição líquida de 1,144 milhão de postos formais.
BEm
De acordo com o ministério, 3,485 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em maio graças às adesões em 2020 ou 2021 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada no ano passado, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga.
O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.
Metodologia
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.
Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para maio na série sem ajustes havia sido em 2010, quando foram criadas 298.041 mil vagas no quinto mês do ano.
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