(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Investimentos

Capelinha ganha torrefadora para grãos selecionados de café

Município do Vale do Jequitinhonha sedia moderna indústria de café, que deve impulsionar grãos de qualidade da região


03/07/2021 04:00 - atualizado 03/07/2021 07:20

Área de 10 mil metros quadrados abriga estrutura com capacidade para produzir 1,8 mil quilos de café por hora (foto: César Paranhos/Divulgação )
Área de 10 mil metros quadrados abriga estrutura com capacidade para produzir 1,8 mil quilos de café por hora (foto: César Paranhos/Divulgação )

O município de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, vai reforçar a oferta de café de qualidade da região, que vem expandindo tanto a produção quanto a produtividade das lavouras do principal produto da agricultura no estado. Com investimentos de R$ 10 milhões, o grupo Jequitinhonha Alimentos inaugurou na cidade uma indústria com capacidade para produzir 1.800 quilos do grão por hora. A área de 10 mil metros quadrados da unidade industrial está equipada com tecnologia moderna de separação e torra e deve manter 120 empregos.
 

O parque cafeeiro de Minas se espalha por cerca de 460 municípios e a região do Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri tem se destacado, embora ainda participe com apenas 3,9% da produção, estimada para 2021 em 23,344 milhões de sacas beneficiadas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A cultura ocupa em torno de 1 milhão de hectares nesta safra. Grandes regiões produtoras estão no Sul de Minas, Triângulo, Alto Paranaíba e Nordeste do estado, além da Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Centro-Oeste. Minas é o maior produtor do Brasil, respondendo por cerca de metade da safra nacional. .
 
Com extensão prevista de 29,8 mil hectares, a região do Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri tem 77 municípios produtores. A expectativa do grupo Jequitinhonha Alimentos é crescer 10% ao ano até 2026. Luiz Carlos Moreira Barbosa, CEO da empresa, diz que a marca deverá consolidar presença em grandes polos de consumo do interior e também na capital. “Vamos alcançar os demais municípios de Minas onde ainda não têm pontos de venda e ainda estabelecer nossa chegada em Belo Horizonte, que já demanda nosso café”, diz.
 
Luiz Carlos Moreira, CEO do grupo, destaca que o café produzido é considerado um produto de alta qualidade por suas especificidades de topografia, com altitude acima de 800 metros e clima “terroir”, características singulares favoráveis à produção de cafés de alto padrão. O produto é certificado com o Selo de Pureza e Qualidade da Associação Brasileiro da Indústria de Café (Abic).
 
O prefeito de Capelinha, Tadeu Filipe Fernandes de Abreu, observa que o município ganhou tradição em café, atividade desenvolvida desde 1970. “A instalação de uma indústria de café moderna reforça essa vocação empreendedora da região da Chapada de Minas. Além de elevar o nome de Capelinha enquanto produtora de café, contribui na geração de emprego e renda”, diz.
 
Histórico Fundada em 1998, a Indústria de Café Jequitinhonha iniciou suas atividades com uma pequena fábrica no fundo do quintal de casa do fundador, Luiz Carlos Barbosa, e de sua mulher, Jucondina Barbosa. Sem funcionários, o primeiro torrador foi comprado de segunda mão.

O negócio cresceu e, em 2000, a marca já era comercializada em três cidades, com produção de 100 sacas de café por mês. Em 2005, a chegada de mais tecnologia permitiu o empacotamento automático, o que facilitou sua expansão para mais municípios. Naquele ano, a produção já alcançava 500 sacas.
 
Em 2010, a linha de produção foi mais uma vez ampliada e a fábrica atingiu o patamar de 300kg de café por hora. A antiga unidade fabril, então, ficou pequena. A construção da nova sede começou em 2019. Foram dois anos de planejamento e execução.
 
Antes do início da pandemia do novo coronavírus, Luiz Carlos Moreira viajou para cidades brasileiras diversas para conhecer outras unidades fabris. Conversou com empresários, investigou sobre tecnologia e produtividade.
 
A aquisição de maquinário para a nova unidade demandou a mudança para um endereço maior, com mais de 10 mil metros quadrados. “Buscamos tecnologia que agregasse volume e agilidade na produção, mas que, sobretudo, mantivesse o mais alto grau de pureza do Café Jequitinhonha, preservando o sabor artesanal que nos trouxe até aqui”, afirmou o CEO do grupo. O combustível para a operação da indústria é a lenha de reflorestamento (eucalipto), que gera o mínimo de resíduo na combustão, sem toxinas, e propicia processo de torra mais controlado e eficiente.

Produção industrial reage


O relaxamento de restrições sanitárias para deter a COVID-19 em várias regiões do país e a reedição do pagamento do auxílio emergencial ajudaram no desempenho da indústria em maio, avaliou o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

A produção do setor cresceu 1,4% em relação a abril, após perda acumulada de 4,7% em três meses seguidos de quedas. Contudo, o resultado está longe de compensar a tendência decrescente. “A questão da pandemia permanece, mas há claramente um relaxamento maior das questões sanitárias e restrições de mobilidade em relação a março e abril. Em abril, houve o pagamento do auxílio emergencial”, disse Macedo.



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)