A pandemia da COVID-19 trouxe junto a crise econômica, desemprego em massa e aumento da preocupação com a saúde. Devido a estes fatores, os preços estão sofrendo constantes elevações em todos os setores. Nas redes laboratoriais, por exemplo, a variação de preço dos exames cresceu 342% em seis meses.
Pesquisa do site Mercado Mineiro realizada nos principais laboratorios de Belo Horizonte, entre 21 a 24 de junho de 2021, mostra que o exame de proteínas totais, que é considerado o mais pedido pelos médicos, pode custar de R$7,00 até R$31,00, dependendo de cada laboratório.
Já o de plaquetas pode custar de R$7,00 até R$21,00, com diferença de 200%. O exame de colesterol total e fracionado pode custar de R$28,00 até R$56,50, tendo diferença de 101%. O hemograma completo pode custar de R$15,00 até R$24,20, uma diferença de 61%, enquanto o beta HCG pode sair por R$20,00 até R$47,00, com uma diferença de 135%.
O exame de triglicérides varia de R$7,00 até R$20,00, com diferença de 185%. O de PSA está entre R$30,00 e R$86,00, com diferença de 186%. Já o exame toxicológico pode variar de R$165,00 a R$300,00, mostrando diferença de 81%. O exame de ureia custa entre R$7,00 e R$15,00, com diferença de 114%
Além disso, os exames que permitem a identificação do novo coronavírus, tiveram um enorme aumento em seis meses, mesmo com o número de casos sofrendo um leve declínio. O IgG/ IgM pode variar de R$85,00 a R$220,00, com diferença de 158%, enquanto o RT-PCR está entre R$190,00 a R$350,00, com uma diferença de 84%.
Os preços subiram em relação a janeiro de 2021. O preço médio do exame de COVID-19 RT-PCR, que custava em média R$230,54, passou para R$266,90, um aumento de 15,77%. Já o de proteínas totais, que saía, em média, a R$14,22, subiu para R$16,31, tendo um aumento de 14,69%. Já o exame de ácido úrico, que tinha preço de R$11,87, em média, subiu para R$13,47, um aumento de 13,48%. O PSA subiu de R$52,71 para R$61,48, com aumento de 16,64%, enquanto o toxicológico passou de R$195,38 para R$221,44, com aumento de 13%.
O coordenador do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, explica que o ideal é perguntar ao médico qual laboratório é o mais indicado para realizar os exames pedidos. "Mas também é necessário pesquisar os preços, pois a variação é grande, e o resultado final tem que ser o mesmo, independente do estabelecimento", afirma.
"As vezes o consumidor pode até realizar cada exame em laboratórios diferentes, para se ter uma economia no valor final", comenta o coordenador.
"Com a pandemia, o desemprego e a diminuição na renda triplicaram, e muitas pessoas ficaram sem plano de saúde. Com isso, acabam tendo que pagar exames individualmente e por um preço mais alto", observa. "Os aumentos nos exames, principalmente os de COVID-19, pode se dizer que é pelo fato da atenção total estar voltada para a área da saúde. Com o aumento da procura, os preços ficam mais elevados”, ressalta Feliciano Abreu.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra