O faturamento industrial seguiu em alta em maio, apesar do recuo na atividade nas fábricas no mês, de acordo com indicadores divulgados nesta terça-feira, 6, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Considerando dados dessazonalizados, as vendas cresceram 0,7% em relação a abril, enquanto as horas trabalhadas na produção retraíram 1,8% na mesma comparação.
No acumulado de 2021 até maio, o faturamento industrial superou em 18,0% o desempenho do mesmo período do ano passado, quando a pandemia de covid-19 praticamente paralisou o setor a partir do fim de março. Na comparação com maio de 2020, a alta nas vendas foi de 29,1%.
"O indicador vem oscilando entre altas e quedas desde o início de 2021. Apesar disso, já se pode afirmar que o indicador assume uma tendência de queda, pois as altas não têm compensado as retrações e o indicador se encontra 3,3% menor que em janeiro de 2021", ponderou a CNI.
Apesar do recuo em maio, as horas trabalhadas na indústria acumularam expansão de 15,1% nos primeiros cinco meses de 2021 em relação o período do ano passado. Na comparação com maio de 2020, as horas trabalhadas foram 27,4% maiores.
Da mesma forma, a Utilização da Capacidade Instalada no setor recuou de 81,9% em abril para 81,6% em maio. Ainda assim, o patamar ainda foi 9,4 pontos porcentuais mais elevado que o registrado em maio de 2020.
Já o emprego na indústria apresentou crescimento pelo décimo mês consecutivo em maio, com alta de 0,5%. Nos cinco primeiros meses de 2021, o aumento de vagas no setor foi de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação entre meses de maio, a alta foi de 6,0%.
Por outro lado, o rendimento médio do trabalhador na indústria caiu 2,5% em maio e registrou retração de 1,1% no acumulado do ano. Em relação a maio de 2020, o indicador ainda mostrou alta de 6,7%. A massa salarial da indústria caiu 0,8% em maio, mas ainda registrou crescimento de 1,3% no ano e de 13,0% em relação a maio de 2020.
ECONOMIA