Os lançamentos e as vendas das maiores empresas de construção do País cresceram no trimestre móvel - que engloba os meses de fevereiro, março e abril -, o que mostra a resiliência do setor a despeito do período mais duro da pandemia. Os dados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e são apurados a partir dos resultados de 18 empresas associadas, com atuação concentrada na região Sudeste.
Os lançamentos foram de 28.470 unidades, crescimento de 45,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas líquidas atingiram 37.227, avanço de 32,2% na mesma base de comparação. Apesar da crise, os distratos representaram apenas 11% das vendas totais, decréscimo de 1,2 ponto porcentual.
O estoque de imóveis (na planta, em obras e recém-entregues) totalizou 123.146 unidades, leve alta de 2,6%. Nesse ritmo de vendas, seriam necessários 13,5 meses para escoar completamente o estoque.
A pesquisa mostrou que os empreendimentos de médio e alto padrão tiveram o maior crescimento em termos porcentuais. Já os projetos voltados à população de baixa renda, dentro do programa Casa Verde e Amarela, evoluíram em um ritmo mais lendo.
No caso do médio e alto padrão, os lançamentos foram de 8.306 unidades (29% do total) no trimestre móvel, alta de 118,6%. As vendas líquidas alcançaram 4.045 unidades, alta de 13,8%.
Já no setor econômico, os lançamentos bateram em 19.831 unidades (71% do total) no trimestre móvel, aumento de 26,4%, enquanto as vendas totalizaram 31.502 unidades, aumento de 31,6%.
Acumulado em 12 meses
No acumulado dos últimos 12 meses até abril, o setor computou 132.136 unidades lançadas, crescimento de 13,5%, e 129.667 unidades vendidas, alta de 30,4%. Nesse período, os distratos representaram 12,3% das vendas totais, recuo de 0,7 ponto porcentual.
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