Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas deve crescer quase 2% somente com recursos oriundos do acordo feito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e governo do estado com a mineradora Vale. O dinheiro servirá para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Brumadinho, em 2019.
Como R$ 11,06 bilhões serão adicionados ao caixa do estado, a Fiemg projeta que o PIB de Minas Gerais deve apresentar crescimento de 1,9%. Os recursos do acordo com a Vale também devem refletir na perspectiva nacional, uma vez que o estudo prevê que o PIB brasileiro irá crescer 0,1%.
Dos R$ 11,06 bilhões do orçamento do estado, quase a metade do valor será utilizada em projetos de mobilidade. A expectativa é que R$ 4,95 bilhões sejam separados para execução das obras. Outros R$ 2,05 bilhões devem ter como destino a melhoria no saneamento básico e tratamento de água em Minas.
Também estão previstas as construções de hospitais regionais, escolas e a aquisição de equipamentos das polícias e do Corpo de Bombeiros. A previsão de investimento, neste caso, é de R$ 4,06 bilhões.
Geração de empregos
Os recursos oriundos do acordo da Vale, segundo o estudo, irão possibilitar um aumento de R$ 14,9 bilhões no valor bruto da produção do estado. A expectativa, também, é que 48,9 mil empregos diretos e indiretos sejam criados em Minas, movimentando um pagamento em massa salarial na ordem de R$ 4,2 bilhões. A arrecadação de impostos pode superar R$ 764 milhões.
Somente a Região Metropolitana receberá R$ 8,8 bilhões, com expectativa de aumento de R$ 11,5 bilhões no valor bruto da produção, gerando 32,5 mil empregos e pagamento de R$ 3,2 bilhões em massa salarial, além de R$ 581 milhões em arrecadação de impostos.