A DSM acaba de lançar um modelo de comercialização de suplementos para bovinos que atrela os preços dos produtos ao valor da arroba do boi gordo. A referência é o indicador do boi Esalq/BM&F;, utilizado para liquidação futura de contratos negociados na Bolsa de Valores. Em entrevista ao Broadcast Agro, o diretor de marketing da área de Ruminantes da companhia no Brasil, Juliano Sabella, disse que a ideia é assegurar aos produtores "um melhor planejamento dos custos com nutrição mineral", o que é especialmente importante para os confinadores, que costumam se planejar com antecedência.
"O pecuarista tem muita dificuldade de saber como estará o mercado quando o animal estiver terminado, principalmente no confinamento, em que ele tem mais variáveis para acompanhar. A ideia é auxiliar nesse processo, de tomada de decisão estratégica, dando alguma garantia e proteção nos custos", disse.
A nova modalidade de pagamento, chamada de P@go, é uma escolha do produtor no momento de fechar a compra junto aos representantes da Tortuga, a marca da DSM. O executivo explica que a única coisa que muda é a previsibilidade de custo. Isso porque, na prática, se o pecuarista faz um pedido de R$ 300 mil em produtos em um dia que a arroba do animal custa R$ 300, a compra dele equivale à venda de 1 mil arrobas e esse preço fica travado por esta quantidade de arrobas.
Na data do pagamento, se a arroba tiver se desvalorizado em relação à data da compra, ou seja, custar menos de R$ 300, a diferença entre os valores fica como crédito para uma próxima compra. Caso a arroba se valorize no período, o produtor fica com o lucro e não precisará pagar a diferença. "No fim da operação, a gente faz a conta em cima das 1 mil arrobas do dia da compra e é por isso que no nosso modelo o produtor nunca perde, pelo contrário, fica protegido", disse Sabella.
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