A Argentina assinou nesta terça-feira, 20, o acordo pelo Direito Especial de Saque (SDR, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), que destinará ao país a soma de US$ 4,35 bilhões dentro dos US$ 650 bilhões que o programa abrange globalmente. Ao anunciar a medida, o ministro da Economia local, Martín Guzmán, falou em uma decisão multilateral "positiva para o mundo e para nosso país".
"Uma liderança global positiva e um trabalho de diplomacia multilateral de que a Argentina fez parte possibilitaram essa conquista", disse o ministro em seu Twitter. O país deve começar a ter acesso aos fundos a partir de agosto. Segundo Guzmán, a soma referente à Argentina possibilitará o fortalecimento de sua posição cambial.
O anuncio vem em mais um momento cambial delicado para o país. Em meio a novos controles recentes, a chamada "brecha" entre a cotação oficial e a paralela tem um viés de alta, e hoje, de acordo com o jornal local Âmbito, o chamado dólar blue atingiu o valor de 182 pesos, no que é o maior nível em 2021.
Os SDRs são um ativo multilateral criado em 1969 pelo FMI, e que complementa as reservas oficiais dos países membros, mas não constitui uma moeda em si mesma em sentido estrito. É uma reivindicação potencial sobre um conjunto de moedas, e que além do dólar, abrange o euro, o yuan, o iene e a libra.
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