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Estado de Minas AUMENTO DE PREÇO

Quilo do pão francês chega a R$ 19 em padarias de BH

Pesquisa do site Mercado Mineiro mostra variação de 73% no preço do quilo, que vai de R$ 11,49 até R$ 19,90


26/07/2021 10:18 - atualizado 26/07/2021 19:41

O preço médio do pão francês aumentou 9,97% em um ano(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O preço médio do pão francês aumentou 9,97% em um ano (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O preço médio do pão francês aumentou 9,97% em um ano na capital mineira e o quilo já chega a custar R$ 19,90 em algumas padarias de Belo Horizonte. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (26/7) pelo site Mercado Mineiro. 
 
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 a 23 de julho em 29 padarias de BH. O pão francês apresentou variação de 73% no quilo, podendo custar entre R$ 11,49 a R$ 19,90. Já o pão doce ficou ainda mais caro. Com uma variação de 182%, o quilo custa entre R$ 11,49 até R$ 32,40.
 
O quilo do pão sovado está custando de R$12,00 até R$32,90, com uma variação de 174%. Já o queijo mussarela pode custar de R$29,90 até R$57,90, com uma variação de 93%. O quilo de mortadela teve variação de 75%, podendo custar de R$16,50 até R$28,90. 
 
Nem mesmo o cafezinho escapou. Com uma variação de 95%, ele pode custar de R$1,00 até R$1,95 nas padarias de BH. O tradicional pão de queijo mineiro está custando de R$2,00 até R$3,90, com uma variação igual à do café, de 95%. 
 
Um quilo de presunto pode custar entre R$25,90 a R$41,90, com variação de 62%. Já o pão com manteiga apresentou diferença de 70% e custar de R$1,65 até R$2,80. E o café com leite, para acompanhar a refeição, pode ser encontrado de R$1,50 até R$3,90, com variação de 160%. 

Alterações em um ano

Os preços médios deste ano foram comparados com a pesquisa feita em julho de 2020, ou seja, os últimos 12 meses. Todos os itens analisados sofreram aumento, segundo o Mercado Mineiro. O quilo do pão francês subiu pelo preço médio de R$14,00 para R$15,40, um aumento de 9,97%. 
 
Enquanto o quilo do pão doce subiu de R$15,97 para R$18,07, um aumento de 13%.  O quilo do presunto subiu de R$29.51 para R$34.46, um aumento de 16.76%. O quilo da mussarela subiu de R$31,26 para R$41,84, com aumento de 33,83%.
 
A consumidora Suzana Andrade, de 40 anos, reparou o aumento nos preços da padaria que faz compras, na Região Leste de BH. "Tenho reparado o aumento no preço do pão de sal e pão doce há cerca de um mês. Na padaria que eu geralmente faço compras, o quilo [do pão de sal] está R$ 13,90. Antes, há cerca de dois meses, era R$ 10,90”, disse.
 
Ela questiona o motivo das variações. "Não sei se é a matéria-prima que aumentou, mas está tudo muito caro”. 
 
(foto: Arte: Soraia Piva )
(foto: Arte: Soraia Piva )
O diretor da Padaria Solar dos Pães, Marcelo Santos, no Bairro Santa Efigênia, afirma que todos os insumos estão encarecendo desde o início da pandemia. "Todos os insumos vêm tendo um aumento absurdo nesse período da pandmeia, até mesmo as embalagens plásticas".
 
Segundo Marcelo, a margarina utilizada na produção dos pães artesanais aumentou mais que o dobro em um ano. "A margarina 80% lipídios, que é prória para produção, custava R$ 63 em março do ano passado, com balde de 20kg. Agora está R$ 140!".
 
"A mussarela eu precisei fazer um reajuste na semana passada, e agora, ela encareceu mais. Infelizmente terei que fazer um novo reajuste. A  gente tenta não repassar para os nossos consumidores, aumentamos cerca de 5% a 10% no máximo, sendo que os insumos então ficando até 100% mais caros. Está cada vez mais difícil", finaliza.
 

Alta do dólar 


Segundo o presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação, Winicius Dantas, a variação no preço dos pães está associada à alta excessiva do dólar e ao desequilíbrio na economia do país pós pandemia. 

“A gente sabe que a pandemia atingiu todo o nosso país e agravou-se um pouco por uma questão política e econômica, fazendo com que toda a matéria prima dolarizada ficasse alterada pelo seu preço”, afirma. 

O presidente enfatiza, ainda, o impacto do reajuste do aluguel e a alta do combustível nos custos do produto. “Tudo isso nos fez tomar uma medida adequando o custo do produto para a receita  necessária para a fabricação, não só em Minas como em todo o país”. 

Entretanto, acredita-se que o valor deve se manter estável a partir de agora. “Acreditamos que daqui para ofinal do ano dificilmente terá algum reajuste, %u0301 principalmente se a economia de fato se recuperar”, conclui.  
 

*Estagiárias sob supervisão da subeditora Jociane Morais 


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