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Estado de Minas AVANÇO ECONÔMICO

Comércio pode aumentar vendas em até 6% no segundo semestre, diz pesquisa

Economistas preveem uma ligeira elevação no faturamento com o avanço na vacinação e as datas comemorativas do segundo semestre de 2021


26/07/2021 15:12 - atualizado 26/07/2021 16:15

Movimento nos comércios de Belo Horizonte(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Movimento nos comércios de Belo Horizonte (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O comércio espera uma melhora neste segundo semestre de 2021, com a reabertura integral dos comércios, vacinação avançada contra a COVID-19, e redução no número de casos de COVID-19. Segundo a pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a atividade econômica do setor pode avançar em quase 6% até o fim do ano.
 
Dados do Boletim Focus emitido pelo Banco Central apontam que a expectativa é que a atividade econômica no país avance 5,27% ao longo deste ano. As vendas no varejo podem chegar a uma aceleração de 5,4%, conforme dados do Bradesco. Para a capital mineira, a CDL/BH estima um avanço de 4,8% nas vendas no ano de 2021.
 
A pesquisa da CDL/BH mostra que, com avanço da imunização em massa, flexibilização das atividades comerciais, de lazer e a aproximação das datas comemorativas como Dia dos Pais em agosto, Dia das Crianças em outubro, Black Friday em novembro e Natal, a expectativa é conseguir recuperar uma boa parte do prejuízo econômico que se estabilizou neste setor com a pandemia do COVID-19.
 
“As expectativas para o segundo semestre de 2021 são melhores, porém, ainda com grandes desafios para a economia, que precisa que as reformas estruturais sejam aprovadas e, assim, seja possível atrair capital produtivo, que é o grande responsável pela geração de emprego e renda”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
 
Outro ponto positivo em relação à recuperação econômica está ligado ao recuo da inadimplência entre os residentes e empresas de Belo Horizonte. “No acumulado do ano já tivemos uma retração de 10,16%. Em 2020, esse índice ficou em 10,55%. Dentre as empresas, houve uma desaceleração de 7,21%. Esses dados mostram que tanto as pessoas físicas quanto jurídicas estão preocupadas em honrar suas dívidas e deixar o banco de inadimpleentes”, afirma o presidente da CDL/BH.
 
A Lei dos Superendividados (14.181/2021), que contribuiu para que os consumidores inadimplentes renegociem todas as suas dívidas, poderá permitir uma injeção de recursos na economia por meio de renegociações. “Essa lei também contribuirá para que a parcela da população que está inadimplente possa honrar com os compromissos e deixar o cadastro dos negativados”, afirma Souza e Silva.
 
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a capital mineira atingiu no mês de maio deste ano o patamar de estoque de empregos de quase 930 mil postos de trabalho. E, pela primeira vez, a cidade retornou ao nível pré-pandemia: 924 mil em fevereiro de 2020. 
 
“Com as pessoas trabalhando, a tendência é que elas tenham seu poder de compra aumentado e, assim, possam ser atuantes nos processos de compra e venda do varejo”, analisa o dirigente.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria 


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