O volume de veículos em estoque nos pátios de montadoras e concessionárias caiu de 93 mil para 85,1 mil unidades de junho para julho. O total é hoje suficiente para 15 dias de venda, menos do que os 16 dias de um mês atrás. Ao repetir fevereiro e abril, o estoque, no critério de tempo de giro, está novamente no nível mais baixo em 20 anos, segundo informou a Anfavea, entidade que representa a indústria de veículos.
Na apresentação do balanço de julho, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, considerou que a indústria deve seguir operando com estoques justos até que o abastecimento de semicondutores, cuja escassez global vem paralisando montadoras, for normalizado. A expectativa é que isso não ocorra antes do fim do primeiro semestre de 2022.
"Não vejo, em curto espaço de tempo, alteração substancial dos estoques", afirmou Moraes.
O presidente da Anfavea também apresentou nesta sexta-feira dados comparativos que mostram desvio de consumo ao mercado de carros usados, em razão dos aumentos de preços, dada a pressão de custos decorrente de reajustes de materiais como o aço, e da falta de modelos nas revendas. "Temos uma pressão de custo enorme, um mercado em recuperação, mas com falta de produção. São desafios ao setor automotivo."
Comprometida pelas limitações de oferta, a média diária de vendas de veículos em julho, de 8 mil unidades, caiu ao menor nível em um ano.
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