A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, dissociou nesta sexta-feira a perda de volumes do setor nos últimos dois meses a possíveis sinais de desaceleração da atividade econômica. A queda nas vendas de veículos novos, que passaram de 188,7 mil em maio para 175,5 mil no mês passado, é atribuída à baixa oferta de carros nas concessionárias, dada a falta de componentes eletrônicos que vem paralisando as montadoras.
"O problema hoje são os semicondutores. Demanda tem, o desafio é como atender a demanda no curto prazo", observou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, ao ser questionado se nota perda de ritmo da economia. "Temos fila, clientes esperando produtos", frisou.
Durante a apresentação à imprensa dos resultados da indústria em julho, Moraes mostrou otimismo quanto à aceleração do consumo a partir do avanço da imunização no Brasil.
Ponderou, no entanto, que a indústria monitora riscos relacionados ao avanço da variante delta, a crise hídrica - embora a perspectiva não seja de racionamento de energia nos próximos meses - e a elevação dos juros, por pressionar as taxas de financiamento de veículos.
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