O indicador de confiança do varejo de Belo Horizonte registrou 55,3 pontos no segundo trimestre de 2021. O crescimento de 15 pontos percentuais em relação aos primeiros meses do ano, mostra que os empresários do ramo estão otimistas quanto ao futuro das vendas. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (10/8), pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/BH).
O avanço da vacinação na capital mineira possibilitou segurança para os comerciantes. "Entre os principais motivos para esse número estão o avanço da vacinação, a redução dos casos de óbitos na cidade e a flexibilização das medidas restritivas que vêm possibilitando a abertura do varejo e, consequentemente, aumentando o otimismo dos empresários", disse o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
A confiança do varejo é calculada pelos subindicadores de condições atuais e de expectativa. Essa última depende das circunstâncias da economia brasileira e finanças das empresas.
O levantamento varia de 0 a 100, sendo que 50,01 a 100 pontos são opiniões positivas. Apenas 50, indica neutralidade e qualquer pontuação inferior a 50 são opiniões negativas.
No primeiro trimestre, período entre janeiro a março deste ano, o indicador registrou 40,1 pontos. De abril a junho, segundo trimestre, houve um salto para 55,3 pontos.
O subindicador de condições atuais apresentou uma evolução de 23,6 pontos frente ao primeiro trimestre. Já os subindicadores de economia brasileira e finanças das empresas evoluíram 27,8 e 19,3 pontos, respectivamente.
Avaliando apenas o cenário atual, os comerciantes estão descrentes (39,2 pontos), porém, há muita expectativa para uma melhora no segundo semestre (67,4 pontos).
A análise do cenário atual engloba os últimos seis meses, e para se referir à expectativa, os comerciantes devem pensar na perspectiva do próximo semestre.
Recortes regionais
Das nove regionais de BH, oito estão com boas expectativas, sendo a Centro-Sul mais otimista (61,9 pontos). Já os comerciantes pessimistas estão concentrados na Região Oeste da cidade, que registrou 45,7 pontos.
Apesar das boas expectativas, o cenário atual não é favorável para a maioria dos empresários. Somente aqueles com lojas na Região Centro-Sul fizeram uma boa avaliação dos últimos seis meses (51,5 pontos), enquanto todas as outras regionais não tiveram a mesma impressão.
As opiniões positivas foram predominantes entre os tipos de empresa levantas pela entidade de pequeno, médio e grande porte. As expectativas para o próximo semestre estão a todo vapor nos negócios de médio/grande (66,7), pequeno porte (67,2) e microempresas (67,2).
Porém, para avaliar o cenário atual, apenas os comerciantes de médio e grande porte foram otimistas. Segundo a CDL/BH, isso pode ser atribuído à combinação de gestão de escalabilidade produtiva e de custos.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.