O Bank of America elevou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 de 6,5% para 7,0% - muito acima do teto da meta de 5,25% - e de 2022 de 3,5% para 3,8%, situando em nível superior ao alvo central para o ano que vem (3,5%).
Nesta terça-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado de julho (0,96%), com a principal pressão vindo de Habitação (3,10%, impacto de 0,48 ponto porcentual), destaca, em relatório, o chefe de Economia e Estratégia para Brasil do BofA, David Beker. Com Transportes (1,52%) e Alimentação e Bebidas (0,60%), a contribuição foi de 0,93 ponto.
Em agosto, a expectativa é de alguma desaceleração guiada por energia e passagem aérea. Mas, em 12 meses, o IPCA deve atingir o pico do ano, em 9,26%. Beker destaca, porém, que algumas pressões de alta devem permanecer, como os alimentos e os serviços, os últimos impulsionados pela reabertura da economia.
"Adicionalmente, o ciclo de alta de juros em andamento deve evitar que as pressões de alta permaneçam no médio prazo. Os risco são: preços de commodities, fiscal e outros aumentos em tarifas de energia, devido ao baixo nível dos reservatórios."
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