O Dia dos Pais, celebrado no último domingo (8/8), movimentou o comércio de Belo Horizonte. Para 83,8% dos comerciantes, a data resultou em alta nas vendas e resultados satisfatórios. Para 45% dos lojistas consultados, as expectativas foram atendidas; já para 35,9% o resultado foi parcialmente positivo.
Os dados fazem parte da pesquisa pós-data comemorativa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com 117 empresários entre 9 e 10 de agosto.
"Apesar de todos os desafios enfrentados, o comércio físico não perdeu sua força nem sua competitividade"
Marcelo Silva, presidente da CDL de Belo Horizonte
Retomada do comércio
Em comparação a 2020, 26,5% dos entrevistados afirmaram que notaram crescimento nas vendas e somente 6% registraram queda. Questionados sobre os motivadores para o aumento, 87,1% dos lojistas acreditam que a reabertura das lojas, com a queda nos números da COVID-19, foi essencial para o cenário positivo.
Para 22,6% dos lojistas, o resultado veio pela divulgação dos produtos, oferta de produtos diferenciados, enquanto 6,5% acreditam creditam as promoções especiais pela alta do setor. A facilidade de pagamento foi a resposta de 3,2% dos entrevistados. Para essa pergunta, foram aceitas respostas múltiplas.
Por outro lado, a redução do fluxo de pessoas circulando nas ruas, aparece como fator prejudicial das vendas para 42,9% dos entrevistados. Ainda, 28,6% acreditam que a diminuição da renda prejudicou as vendas e 14,3% defendem que o horário de funcionamento do comércio e a desvalorização dos produtos foram os prejudiciais.
Ao comparar o cenário com o mesmo período em 2019, ano sem pandemia e com pleno funcionamento do comércio, 33,3% dos lojistas, à época, afirmaram ter sentido uma queda nas vendas e 23,9% notaram crescimento.
Roupas lideram vendas para a data
Segundo a pesquisa, o setor que assumiu a liderança nas vendas foram as lojas de vestuário, representando 18,6% da preferência dos consumidores. Em seguida foram os cosméticos, com 11,3%. e itens de decoração, 10,7%. Acessórios e calçados empataram com 6,2% cada
Com menos expressividade nas vendas, os setores de material esportivo, utensílio doméstico e kits de bebidas também empataram, com 2,8% cada.
O principal meio de pagamento utilizado pelos clientes foi o cartão de crédito, em compra parcelada, com 42,7% do total de vendas. Para quitar as dívidas, 48% dos consumidores optou por parcelamento em até três vezes.
O pagamento à vista no cartão de crédito representou 39,3%; cartão de débito, 12,8% e transferência bancária somente 5,1%.
Flexibilização do isolamento social e o impacto positivo nas vendas
Com a flexibilização das regras de isolamento social, as lojas físicas foram as mais procuradas pelos consumidores. O levantamento mostra que 94,9% das pessoas optaram por ir presencialmente às compras.
Redes sociais como o WhatsApp, Instagram e Facebook foram o local de vendas de uma pequena parte dos lojistas, 4,3% dos entrevistados. O valor ainda é menos expressivo nas vendas pelo e-commerce, com 0,9%.
Para o presidente da CDL de Belo Horizonte, Marcelo Silva, o avanço na vacinação foi primordial para os resultados. “A ampliação da campanha de vacinação, a estabilidade dos índices da pandemia e a proximidade com o pagamento do salário levaram as pessoas a optarem por ir às lojas físicas para comprarem os presentes dos pais”, afirma.
Para ele, o cenário é animador. “Isso nos mostra que, apesar de todos os desafios enfrentados, o comércio físico não perdeu sua força nem sua competitividade”, conclui.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.