O segundo trimestre de 2021 traçou novamente um cenário positivo para a MRV Engenharia e Participações S.A., maior construtora residencial da América Latina. Apesar da queda na margem bruta de lucro, a empresa encerrou o período com a maior receita operacional líquida de sua história, chegando ao montante de R$ 1,8 bilhão. A empresa divulgou nesta quarta-feira (11/8) o novo balanço apresentando os avanços nos números nos últimos meses.
A receita líquida entre abril e junho teve um crescimento de 13,7% com relação ao primeiro trimestre e de 9,7% em comparação com o quarto trimestre de 2020. A companhia também apresentou crescimento de 48,5% no lucro líquido em comparação com janeiro, fevereiro e março, atingindo R$ 203 milhões.
“Nossa receita recorde é fruto de duas variáveis. A primeira é o volume de vendas, que se manteve num patamar alto no trimestre, e a segunda foi o número de unidades produzidas. A receita no nosso negócio é fruto da venda e da produção. Com a aceleração da produção, nossa receita foi maior do que havia antes. Esse aumento de volume compensou a perda de nossa margem bruta”, explica Ricardo Paixão, diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV.
Segundo ele, os resultados positivos foram alcançados em virtude da venda de dois empreendimentos da AHS Residential, incorporadora baseada na Flórida, nos Estados Unidos. No negócio, a construtora arrecadou R$ 392,68 milhões no último trimestre. Na diversificação do negócio, a construtora planeja expansão para outros mercados no país norte-americano.
“É um negócio que acreditamos muito. Trata-se de uma excepcional via de crescimento na operação da MRV. O mercado de prédios para aluguéis está bombando. Já temos mais seis empreendimentos à venda e pretendemos fazer a comercialização de quase todos eles até o fim do ano. São mais 1,3 mil unidades e mais de R$ 1,5 bilhão em unidades lançadas. Estamos entrando em outros mercados. Estamos em aproximadamente 15 cidades no mercado americano. Já estamos nos estados do Texas, Flórida e Geórgia”, explica Paixão.
Ele explica que a inflação que atingiu as matérias-primas da construção civil (aço, concreto, fios, tubo de PVC etc) reduziu a margem de lucro da empresa: “O alto custo da matéria-prima influenciou na queda de nossa margem bruta. Por isso, o cenário não está tão positivo. Para o lucro seguir igual, teríamos que subir o preço dos imóveis na mesma magnitude que o custo sobe. O custo da matéria-prima subiu 17% em 12 meses. E o bolso de nosso cliente não subiu isso tudo. Portanto, não conseguimos repassar todo o preço de matéria-prima para o custo do produto”.
A inflação vai atingir os beneficiários do Programa Casa Verde Amarela, que facilita o acesso da população mais carente à moradia – a iniciativa substituiu o antigo Minha Casa, Minha Vida. A tendência é que os preços dos imóveis sofram um reajuste em função da subida de preço dos insumos, numa tentativa de recuperação da margem bruta.
Projeto esportivo
A MRV desenvolveu um projeto em que cedeu bolsa durante 24 meses para 12 atletas que competiram nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Fizeram parte da iniciativa as esportivas Aline Silva (Wrestling Olímpico); Ana Patricia Ramos (Vôlei de Praia); Ana Sátila (Canoagem); Beatriz Ferreira (Boxe); Bruna Takahashi (Tênis de Mesa); Flavia Saraiva (Ginástica Artística); Kahena Kunze (Vela); Lorrane Ferreira (Natação); Luísa Baptista (Triathlon); Luiza Guisso Fiorese (Vôlei sentado – paralímpico); Rayssa Leal (Skate Street); e Silvana Lima (Surf).
Aquelas que trouxeram medalhas para o Brasil ganharam um apartamento da companhia.