A Argentina expandiu nesta quinta-feira, 12, seu programa de subsídios a gás, em um momento no qual o produto vem apresentando uma alta pelo mundo, e a inflação local segue em patamares elevados. O "Programa Casa" visa reduzir o "custo de acesso ao botijão de gás e atingir mais residências com esse benefício", segundo o ministro da Economia argentino, Martín Guzmán.
"É uma política progressiva de atendimento aos setores mais vulneráveis, ao mesmo tempo em que trabalhamos para melhorar a infraestrutura de abastecimento de gás natural em todo o território nacional", escreveu o ministro em seu Twitter.
Segundo o responsável pela pasta de Energia da Argentina, Darío Martínez, a decisão vai reduzir o custo do botijão além de para famílias, também para entidades públicas que não dispõem de serviço de gás natural. Em seu Twitter, o ministro indicou que com a expansão, o porcentual subsidiado para uma jarra de 10 quilos passa de 65% para 80%. De acordo com Martínez, 2,8 milhões de domicílios por mês serão atingidos com a medida.
A questão não atinge apenas a Argentina. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, vem se movimentando no tema, e vê a criação de uma empresa governamental para distribuir gás após um aumento nos preços dos derivados de petróleo como uma solução.
Hoje, o índice de preços ao consumidor na Argentina atingiu uma alta de 51,8% na comparação anual. A Oxford Economics avalia que "os controles de preços e outras políticas não ortodoxas poderiam manter a inflação artificialmente baixa por mais tempo, mas representando um risco de alta para nossa previsão de médio prazo com um aumento da inflação reprimida".
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