(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TRANSPORTES

Tanqueiros ameaçam greve e querem redução nos impostos do diesel em Minas

Categoria alega que governador não cumpriu promessa de diminuir ICMS do combustível que abastece veículos de carga


26/08/2021 19:45 - atualizado 26/08/2021 20:01

Em fevereiro, greve dos tanqueiros provocou fila nos postos de combustível em BH(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 26/02/2021)
Em fevereiro, greve dos tanqueiros provocou fila nos postos de combustível em BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 26/02/2021)

Com a gasolina e o etanol em alta, o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque/MG) continua a pressão para que o governo de Minas reduza os impostos do óleo diesel, principal abastecedor dos veículos de carga. Nesta quinta (26/8), a categoria ameaçou uma greve caso não haja diminuição.

Atualmente, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel em Minas Gerais está em 15%. Os tanqueiros querem que essa taxa caia para 12%.

De acordo com a categoria, na greve de fevereiro, o governador Romeu Zema (Novo) prometeu que diminuiria o ICMS do diesel. Mas, isso ainda não aconteceu.

Procurado, o governo informou que “a reivindicação da entidade” foi apresentada ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em julho. Porém, as secretarias de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal rejeitaram a redução do ICMS.

Para que a alteração acontecesse, o Confaz teria que aprovar a redução de maneira unânime. “Portanto, não procede a versão de que o governo tenha prometido tal redução”, esclareceu a administração Romeu Zema.

“O insumo, no caso o diesel, corresponde a cerca de 70% dos custos do frete”, informaram os tanqueiros no comunicado.

O presidente do Sindtanque, Irani Gomes, afirma que a categoria está em “estado de greve” e pode cruzar os braços “por tempo indeterminado, como jamais visto” em Minas.

"Recebemos uma negativa (do governo). Logo, a categoria resolveu entrar em estado de greve e a qualquer momento pode parar. Não tem dia ou horário definido. O pessoal gosta de pegar de surpresa”, afirmou Irani Gomes ao Estado de Minas.

Como se define o preço?


O ICMS não é o único fator que influencia nos preços dos combustíveis. Há, ainda, os custos da distribuição e revenda, dos insumos, dos impostos federais e da própria Petrobras.

No caso do diesel S10, por exemplo, o preço é definido conforme os percentuais abaixo:

  • 10,9% - Distribuição e revenda
  • 11,2% - Custo biodiesel
  • 15,0% - ICMS
  • 7,0%   - Cide, Pis e Cofins
  • 55,9% - Preço Petrobras

O ICMS do diesel em Minas é de 15% desde janeiro de 2012, quando saiu de 12% e pulou para o percentual atual.

“Dito isso, é importante deixar claro que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelo estado, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras”, esclarece o governo em nota.

Mas, para o presidente do Sindtanque Irani Gomes, o ICMS é o que mais influencia no preço final.

“O ICMS é o imposto que mais aumenta o combustível. Quando o preço aumenta, não só o diesel, mas toda a cadeia, o consumo, acaba caindo e afeta a questão do trabalho. Outro problema é que diminui o transporte. E o óleo diesel, como cadeia primária do combustível, impacta nos demais combustíveis. Nada chega no destino se não tiver o transporte", diz.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)