A taxa de desemprego em Minas Gerais foi estimada em 12,5% no segundo trimestre de 2021, com queda em relação ao primeiro trimestre, quando o indicador atingiu 13,8%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE, 1,4 milhão de pessoas no estado estão sem uma ocupação.
No Brasil, a taxa de desemprego foi de 14,1%, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação à taxa do 1º trimestre (14,7%). Foi a menor taxa de desemprego no ano. Apesar disso, 14,4 milhões de brasileiros ainda estão em busca de emprego.
Os estados que registraram as maiores taxas foram Pernambuco (21,6%), Bahia (19,7%) e Sergipe (19,1%). Já Santa Catarina (5,8%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Mato Grosso (9,0%) apresentaram os menores índices do país.
Força de trabalho e ocupação de postos
No segundo trimestre, a força de trabalho em Minas Gerais era composta por aproximadamente 10,8 milhões de pessoas, se mantendo estável em relação ao primeiro trimestre, porém apresentando um aumento de 4,5% frente ao mesmo período do ano passado, quando a pandemia já havia se instalado no país e as medidas de restrições obrigavam o fechamento de negócios.
No estado, 9,5 milhões estavam ocupadas e 1,4 milhão desocupadas. Assim, em relação ao primeiro trimestre, houve aumento de 2,3% da população ocupada (215 mil pessoas) e redução de 8,8% da população desocupada (menos 131 mil pessoas).
No Brasil, o total de ocupados aumentou 2,5% no mesmo período, enquanto o número de desocupados não apresentou variação significativa.
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o total de pessoas ocupadas apresentou aumento de 5% no estado (452 mil pessoas), já o total de desocupados não apresentou variação significativa.
No Brasil, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o total de ocupados aumentou 5,3%, enquanto o número de desocupados aumentou 12,9%. Nesse período, houve queda da população fora da força de trabalho no estado (-3,3%) e no país (-3,7%).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 52,7% em Minas Gerais, aumentando em relação ao primeiro trimestre e ao segundo trimestre do ano anterior.
No Brasil, o nível de ocupação atingiu 49,6%, também apresentando aumento em relação aos dois trimestres de comparação (1,2% e 1,6%, respectivamente).
Subutilização da força de trabalho
No segundo trimestre de 2021, a taxa total de subutilização da força de trabalho foi de 26,7% em Minas Gerais, o que representa 3,1 milhões de pessoas.
A subutilização considera não apenas a população desocupada, mas também engloba os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial.
O total de pessoas subutilizadas não apresentou variação significativa em relação ao primeiro trimestre, mas, em comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve queda de 189 mil pessoas nessa condição.
No país, a taxa total de subutilização da força de trabalho foi de 28,6%, com redução de aproximadamente 993 mil pessoas subutilizadas em relação ao primeiro trimestre.
Em Minas Gerais, os desalentados foram estimados em 451 mil pessoas, enquanto no Brasil somam 5,6 milhões. O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada ficou em 4% no estado e 5,2% no país.
População ocupada por posição na ocupação
A população ocupada em Minas Gerais, estimada em 9,5 milhões de pessoas, era composta por 66,7% de empregados (incluindo empregados do setor público e trabalhadores domésticos), 4,8% de empregadores, 25,8% de pessoas que trabalhavam por conta própria e 2,6% de trabalhadores familiares auxiliares.
No setor privado, tirando trabalhadores domésticos, 75,2% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada, percentual próximo ao observado no Brasil (75,1%).
A taxa de informalidade no quarto trimestre de 2020 ficou em 40% da população ocupada no estado, um pouco abaixo da estimada para o Brasil, de 40,6%.
Em Minas Gerais, em relação ao primeiro trimestre, foi estimado um aumento de 6% dos trabalhadores por conta própria.
Em comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve crescimento do total de empregados do setor privado sem carteira assinada (17,0%), trabalhadores domésticos (14,1%) e trabalhadores por conta própria (14,3%). Por outro lado, houve queda do número de empregados do setor público (-8,4%).
No Brasil, em relação ao primeiro trimestre, foi registrado aumento do número de empregados do setor privado com e sem carteira (crescimento de 2,1% e 3,4%, respectivamente) e do total de trabalhadores por conta própria (4,2%).
Em relação ao mesmo trimestre de 2020, houve expansão do total de empregados do setor privado sem carteira (16,0%), trabalhadores domésticos (8,4%) e conta própria (14,7%).
População ocupada por atividade econômica
Analisando o número de pessoas ocupadas por atividade econômica, em relação ao primeiro trimestre, no Estado, houve aumento de 6,7% do total de ocupados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, o que representa 81 mil pessoas a mais.
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, houve expansão de 13,7% do total de ocupados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (155 mil pessoas); de 17,3% na construção (105 mil pessoas); e 14,3% nos serviços domésticos (84 mil pessoas).
*Estagiária sob supervisão