Nesta terça-feira (31/8), o governo federal anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária na conta de energia elétrica que
deve pesar em até 6,78%
no bolso dos brasileiros. Horas depois, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, justificou a medida dizendo que o cenário da crise hídrica no Brasil é "pior do que o esperado" e que medidas já estão sendo tomadas para minimizar o problema.
Bento Albuquerque citou a utilização das termelétricas e a importação de energia elétrica dos países vizinhos para justificar o aumento nas contas de energia, uma vez que os recursos são mais onerosos. Segundo o ministro, a escassez nos reservatórios causa uma perda de geração equivalente ao consumo de energia de uma cidade de grande porte.
"O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior que o previsto. Esta perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia de uma grande cidade, como o Rio de Janeiro, por cerca de cinco meses", disse.
Ainda no pronunciamento, Bento Albuquerque pediu para que os brasileiros façam um "esforço conjunto" e reduzam o consumo, sobretudo de aparelhos como
chuveiro, ferro elétrico e ar condicionado
. Mais cedo, o governo afirmou que pretende conceder vantagens para quem reduzir o consumo entre 10% a 20%,
com um bônus de R$ 0,50 a cada quilowatt-hora economizado
.
"Além disso, para aumentarmos nossa segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a administração pública em todas as suas esferas e cada cidadão consumidor nas suas residências, além do comércio e serviços e indústria participemos de um esforço inadiável de redução do consumo", concluiu.