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Estado de Minas RETOMADA

Com avanço na vacinação, brasileiros voltam a consumir fora de casa

O consumo de alimentos e bebidas fora do lar volta a crescer no Brasil; jovens são os principais consumidores


01/09/2021 14:31 - atualizado 01/09/2021 16:23

Com avanço na vacinação, brasileiros voltam a buscar opções de alimentação e bebida fora de casa (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com avanço na vacinação, brasileiros voltam a buscar opções de alimentação e bebida fora de casa (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Após mais de um ano de pandemia, os brasileiros voltam, gradativamente, às suas atividades corriqueiras. Com o avanço da vacinação no país e a flexibilização das medidas de isolamento social, o consumo de alimentos e bebidas fora de casa volta a crescer. É o que aponta o estudo realizado pela Kantar, empresa britânica líder em dados e consultoria. 

O levantamento, realizado no segundo trimestre deste ano, indica que o público jovem é responsável pela maior parcela do consumo nas ruas. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o consumo fora do lar foi a opção majoritaria dos jovens entre 18 e 29 anos, de classes AB e C. 

Apesar da evidente retomada, o crescimento segue em passos lentos. Ainda segundo a pesquisa, a frequência dos consumidores é menor e, por isso, até o momento não houve retomada dos volumes.

O contribuição da juventude na retomada 


A empresa explica que a juventude tende a priorizar a vida social, especialmente aos finais de semana. Essa faixa etária foi a única que contribuiu positivamente para este cenário, com impacto positivo de 0,8% no crescimento do setor. 

Quanto às suas escolhas, os bares são a primeira opção e representaram 4,2% deste crescimento. Em segundo, estão as empresas de fast-food que contribuíram com 2,7%. 

Por outro lado,  a maioria dos sêniores ainda se resguardam no isolamento. Grande parte dos maiores de 50 anos permanecem em casa, com uma retração em valor de 26,3% no mesmo período.

Os reflexos da pandemia nas classes CDE 


O mesmo cenário positivo não foi visto nas classes mais baixas. Apesar da prorrogação do auxílio emergencial, a quantidade de famílias que receberam o benefício foi menor, assim como os valores. 

A dinamicidade nos preços dos produtos de primeira necessidade, somados à redução do auxílio emergencial, não trouxeram um impacto positivo no consumo. 

Além disso, ainda que a taxa de desemprego esteja estável, 17% dos lares brasileiros contam com ao menos uma pessoa que perdeu o trabalho após o início da pandemia. Dentro desse universo, 80% são lares da classe CDE.

Segundo o Gerente de Soluções da Kantar, Renan Morais, a redução na renda e a alta dos preços no mercado afetam todos os segmentos, dificultando a retomada. 

“O consumo fora do lar vai voltar, porém vemos que os fatores renda e preço são as novas variáveis que afetam a velocidade e as escolhas na retomada desse consumo”, pontua. 

Para Morais, estratégias eficazes são essenciais neste momento e “devem considerar a retomada em etapas”. Ele defende que será necessário entender o mercado para criar ocasiões de acordo com os diferentes perfis, necessidades, canais e dias de consumo. 





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