As vendas de veículos novos caíram 5,8% no mês passado contra agosto de 2020, chegando ao menor volume para o mês em 16 anos como reflexo da falta de carros nas concessionárias. No total, 172,8 mil unidades foram vendidas, entre carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. Na comparação com julho, o recuo foi de 1,5%, completando, assim, o terceiro mês consecutivo de queda nos emplacamentos.
Desde agosto de 2005, quando as vendas somaram 151,6 mil unidades, não se registrava volume tão baixo para o mês.
No acumulado desde o início do ano, as vendas chegaram a 1,42 milhão de veículos no mês passado, 21,9% a mais do que no mesmo período de 2020. A base de comparação, contudo, é fraca, já que o comércio de automóveis teve de ser suspenso na chegada da pandemia ao País.
O problema agora é a falta componentes, sobretudo eletrônicos, que paralisa linhas de montagem e provoca, como consequência, falta de carros nas concessionárias.
Ao comentar o resultado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, disse que o ritmo de vendas está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras. "Parte dos veículos registrados em agosto são vendas realizadas em julho. Este prazo de entrega se tornou mais longo por conta das dificuldades da indústria", comentou.
Líder do mercado, a Fiat teve 23,1% das vendas acumuladas desde janeiro em automóveis e comerciais leves. Na sequência, aparecem Volkswagen, com 15,5% do mercado, General Motors (10,8%) e Hyundai (9,4%).
ECONOMIA