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Estado de Minas PECUÁRIA

Vaca louca: entidades criam fundo para dar suporte aos pecuaristas em Minas

Faemg e outras seis entidades anunciam suporte a criadores de gado para defesa sanitária, não só diante do caso de vaca louca, mas de outras doenças também


04/09/2021 14:06 - atualizado 04/09/2021 16:01

Faemg destaca o rigor dos protocolos sanitários no Brasil na criação de gado
Faemg destaca o rigor dos protocolos sanitários no Brasil na criação de gado (foto: Nelson Almeida/AFP)
Sete entidades ligadas à agropecuária criarão um fundo privado para dar suporte às ações de defesa sanitária com o propósito de prevenir e combater doenças que possam atacar os rebanhos em Minas Gerais. 
O anúncio foi postado na sexta-feira (3/9), em vídeo, na página da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com a fala do  superintendente técnico, Altino Rodrigues Neto, diante da suspeita de incidência da doença da vaca louca em Belo Horizonte.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)  confirmou neste sábado (4/9)  o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "mal da vaca louca", em um frigorífico de Belo Horizonte.
 
O diretor tentou tranquilizar os criadores de bovinos e empresários do setor de carnes, dizendo que a entidade está acompanhando atentamente o caso

O superintendente técnico da Faemg tentou tranquilizar criadores e comerciantes diante da suspeita da doença da vaca louca
O superintendente técnico da Faemg tentou tranquilizar criadores e comerciantes diante da suspeita da doença da vaca louca (foto: Faemg/Divulgação)
"Confiamos plenamente no trabalho realizado pelo Instituto Mineiro de Agricultura, IMA, no rastreamento, na coleta de material e seu envio para laboratório. Esperamos em breve que, se confirmado, seja a atípica uma forma atípica e não a clássica motivada pelo  consumo de proteína animal na alimentação", afirmou Altino Neto, antes , portanto, da confirmação de hoje pelo Ministério da Agricultura. 
 
Ele reiterou o rigor dos protocolos sanitários no Brasil, que proíbem a utilização de farinha de carne ou proteína animal na alimentação do gado. "Para dar suporte aos casos de emergência em nosso estado, estamos em fase de implementação, junto com outras seis entidades de um Fundo de Defesa Sanitária (FDS), privado, com agilidade suficiente para dar suporte às nossas ações de defesa", explicou.
 
O superintendente disse ainda que a Faemg vem trabalhando com os órgãos de defesa (sanitária) "para que não sejamos supreendidos com doença indesejáveis e prejudiciais ao nosso estado e nosso país".

O que é o mal da vaca louca?

A encefalopatia espongiforme bovina (EEB) é uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob e foi detectada inicialmente nos anos 1980, no Reino Unido, quando ganhou o apelido de vaca louca, dado pela imprensa britânica

A origem do mal da vaca louca  ocorreu uma década antes. Nos anos 1970, era comum que fábricas britânicas de ração animal incluíssem na composição do produto gordura de ovelha.

Na década seguinte, cientistas identificaram que o gado alimentado com esse tipo de ração com proteína animal apresentava uma doença degenerativa grave, semelhante à demência em humanos, devido aos surgimento de príons (proteínas anormais) no cérebro.

Sintomas da vaca louca em bovinos

  • Espasmos musculares
  • Agressividade
  • Isolamento do rebanho
  • Perda de equilíbrio

Transmissão da vaca louca para humanos

A EEB ou vaca louca foi transmitida para humanos por meio do consumo de carne bovina infectada e teve seu auge de casos e mortes nos primeiros anos da década de 1990. No Brasil, a vaca louca teve surtos no fim dos anos 90. O  último caso de vaca louca no país foi confirmado pelo Ministério da Agricultura em maio de 2019 , em rebanho no Mato Grosso.

Sintomas da vaca louca em humanos

  • Dificuldade de falar e raciocínio
  • Perda de memória
  • Espasmos musculares
  • Dificuldade de andar
  • Falta de coordenação
  • Visão embaçada

Doação de sangue x vaca louca

Em 2016, uma portaria do Ministério da Saúde detalhou 59 critérios para a inaptidão definitiva à doação de sangue para a encefalopatia espongiforme humana (EEB) e suas variantes. Segundo o documento o candidato a doar sangue que tenha tido diagnóstico da popularmente conhecida doença da vaca louca ou qualquer outra forma da doença, além de história familiar da doença, está proibido de doar sangue.

O protocolo é rigoroso também para quem morou no continente europeu. Ninguém que tenha permanecido no Reino Unido ou na Irlanda por mais de três meses entre 1980 e dezembro de 1996 ou tenha morado cinco anos ou mais, consecutivos ou intermitentes, na Europa depois de 1980 até os dias atuais não pode doar sangue.


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