A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no País, manifestou preocupação com o agravamento da crise institucional após o presidente da República, Jair Bolsonaro, subir o tom nos ataques ao Judiciário nos protestos da terça-feira, 7, de setembro.
"Nos preocupa muito o atual momento do país do ponto de vista político e institucional", comentou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, durante apresentação à imprensa dos resultados do setor em agosto.
Além do impacto no câmbio, o que afeta o custo de produção da indústria, o executivo voltou a destacar as dificuldades adicionais trazidas pela instabilidade política nas negociações por novos investimentos com os controladores no exterior.
"A imagem do País já não é boa. Esses últimos eventos criam mais preocupações para as nossas matrizes. Queria deixar a mensagem de preocupação do setor automotivo pelo atual momento do ponto de vista econômico e das consequências dessa instabilidade política e institucional", assinalou Moraes.
A agenda do setor, garantiu o porta-voz da indústria automotiva, continuará apesar do ambiente conturbado em Brasília - tanto que a Anfavea apresenta nesta quarta-feira ao ministério de Minas e Energia um estudo sobre entraves à introdução de carros elétricos no País.
A maior preocupação, no entanto, é com o andamento da agenda de reformas no Congresso, em especial a tributária, e as implicações do atraso de pautas essenciais na recuperação da economia.
ECONOMIA