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Estado de Minas ECONOMIA

Secretário do Ministério da Economia reclama das revisões do mercado sobre PIB


16/09/2021 12:40

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, reclamou nesta quinta-feira das revisões do mercado para um crescimento menor da economia neste e no próximo ano e fez um apelo para que os analistas analisem os dados de forma concreta. "Vou começar com uma frase (de Edward Deming): Em Deus nós confiamos, todos os outros devem trazer dados. Isso é um pedido que faço a todos que estão analisando a situação atual da economia brasileira. Vamos olhar o que os dados dizem. Vamos separar o que é ruído do que é sinal real da economia, vamos separar o que é ruído do que é um sinal concreto", afirmou.

Apesar de o mercado vir reduzindo suas projeções para a evolução da atividade neste e no próximo ano, o Ministério da Economia manteve sua estimativa para a recuperação da economia em 2021, e segue esperando uma alta de 5,30% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A previsão consta na grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgada nesta quinta.

Para 2022, a estimativa de alta no PIB passou de 2,51% para 2,50% - enquanto parte do mercado já aposta em um crescimento inferior a 1,00% no próximo ano.

Segundo Sachsida o carregamento estatístico para o PIB de 2022 calculado pela SPE é de 1,2%. "Vamos entrar em 2022 com crescimento expressivo de PIB. Já com a estimativa da Focus, o carregamento estatístico para o PIB de 2022 é de 0,7%", completou.

Sachsida alegou ainda que, com um PIB de 5,3% em 2021, bastaria um crescimento trimestral médio de 0,4% em 2022 para chegar a uma alta de 2,3% do PIB em 2022. "Para chegarmos a 2,5%, basta um crescimento médio trimestral entre 0,4% e 0,5%, dado o carregamento estatístico desse ano", detalhou.

Ele alegou ainda para se chegar a um crescimento de apenas 0,5% em 2022 - previsto por alguns economistas - será preciso um crescimento médio trimestral negativo em 2022. "Me parece que a estimativa da SPE de alta de 2,5% em 2022 está solidamente embasada em dados", completou.


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