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Estado de Minas SACOLÃO

Preço no sacolão tem aumento de até 90% e variações de 276% em BH

Em função da crise hídrica e o aumento no custo de produção, fazer sacolão está mais caro na capital mineira


20/09/2021 11:25 - atualizado 20/09/2021 11:38

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(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Fazer o sacolão da semana está ficando cada vez mais caro, devido à seca que atinge o país. Para ajudar o consumidor a saber o melhor preço, o site de pesquisas MercadoMineiro realizou um levantamento em 18 sacolões em Belo Horizonte, entre 14 a 17 de setembro. O produto em destaque com maior aumento foi o quilo do chuchu, que foi de R$ 2,43 para R$ 4,62, subindo 90%.


Segundo o economista e coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, a seca foi fundamental para este aumento. Mas outros fatores também contribuíram. “Estão com muita dificuldade de comprar produtos de boa qualidade até mesmo os de safra, por isso estão mais caros em função da dificuldade de produção”, disse.

“Alguns reclamaram do preço do diesel, todo mundo teve que aumentar por causa do transporte também. O dono do sítio diz que não está valendo a pena transportar os produtos porque já está com uma qualidade inferior, para produzir fica mais caro, gasta mais água e mais energia, que também teve aumento”, destaca.


Por isso, houve aumento de até 90%. Confira os destaques:
  • Quilo de chuchu: de R$ 2,43 para R$ 4,62 - aumento de 90%;
  • Quilo de tomate comum: de R$ 5,22 para R$ 6,21 - aumento de 19%;
  • Quilo de Pimentão Verde: de R$ 6,75 para R$ 8,10 - aumento de 19,97%;
  • Quilo de Pepino: de R$ 3,46 para R$ 4,10 - aumento de 18,40%;
  • Quilo da mandioca: de R$ 3,52 para R$ 3,93 - aumento de 11%
  • Quilo da banana prata: de R$ 3,30 para R$ 4,57 - aumento de 38,45%;
  • Quilo da laranja pera: de R$ 3,03 para R$ 3,40 - aumento de 12,30%;
  • Quilo do Limão Thaiti: de  R$ 3,22 para R$ 4,37 - aumento de 35,85%;
  • Quilo do mamão Havaí: de R$ 4,39 para R$ 5,76 - aumento de 31%;
  • Quilo do abacate: de R$ 5,46 para R$ 6,28 - aumento de 15%.

Variações

As variações são bem significativas em função da qualidade e localização dos estabelecimentos. Segundo Feliciano, sacolão sempre tem grandes variações, principalmente agora  com a qualidade dos produtos caindo devido à seca. “As variações sempre são muito grandes, principalmente produtos de safra e entressafra. A gente vê que alguns supermercados são mais caros, mas tem produtos de melhor qualidade. O consumidor tem que avaliar, saber o que é bom para ele e saber se vale a pena pagar mais caro nos produtos”, afirmou.


Confira as maiores variações:
  • Quiabo varia de R$ 3,98 até R$ 14,99, diferença de 276%;
  • Couve flor varia de R$ 2,98 até R$ 8,98, diferença de 201%;
  • Quilo do tomate varia de R$ 2,98 até R$ 7,99, diferença de 168%;
  • Quilo da cebola branca varia de R$ 1,99 até R$ 3,99, diferença de 100%;
  • Quilo da batata inglesa varia de R$ 2,98 até R$ 6,98, diferença de 134%;
  • Quilo da mandioca varia de R$ 2,98 até R$ 5,98, diferença de 100%; 
  • Cebolinha e/ou salsinha varia de R$ 0,99 até R$ 1,99, diferença de 101%;
  • Quilo do mamão Havaí varia de R$ 2,98 até R$ 8,99, diferença de 201%;
  • Quilo da banana prata varia de R$ 2,98 até R$ 5,99, diferença de 101%;
  • Quilo do Limão tahiti varia de R$ 2,99 até R$ 7,99, diferença de 167%;
  • Quilo da maçã varia de R$ 3,98 até R$ 8,99, diferença de 126%.

Dicas

Para economizar na hora de fazer o sacolão, o economista Feliciano Abreu deu algumas dicas para o consumidor. Uma delas é ficar atento às promoções. “O consumidor tem que ficar atento às ofertas de supermercado e sacolão, que tem o dia da feira, que tem promoção de alguns produtos”, ressalta.

“É o momento de você tentar trocar produtos. Por exemplo, ficar sem comer tomate uma semana para trocar por outro ou comprar menos. O consumidor tem que ter essa percepção de que o mundo não está acabando”, aponta.


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