Com a pandemia da COVID-19, assim como grande parte das cidades brasileiras, a extrema pobreza aumentou em Passos, na Região Sudoeste de Minas. De setembro de 2020 a igual período de 2021, o número de famílias em extrema pobreza incluídas no CadÚnico (Cadastro Único) aumentou 41,31%.
Em levantamento realizado com base em informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda (Sedest), o número de famílias com renda mensal entre zero e R$ 89 saltou de 2.379, em setembro de 2020, para 3.362 neste mês.
O Ministério da Economia aponta que entre os principais fatores que podem ter levado as famílias à situação de extrema pobreza estão demissões que ocorreram desde o início da pandemia do novo coronavírus.
A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda de Passos, Carla Pimentel, destaca que as pessoas procuram o Setor do Cadastro Único da cidade a cada dois anos para atualizar seus dados ou sempre que houver alguma mudança que seja necessária atualizar, como, por exemplo, o endereço, renda ou inclusão e exclusão de algum familiar.
Por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), as pessoas são orientadas sobre os benefícios assistenciais e podem ser inscritos no Cadastro Único, para serem incluídos em Programas Sociais do Governo Federal. Recebem atendimento sócio-assistencial, encaminhamentos aos demais serviços ofertados no município de Passos, como emissão de documentos, tarifa social de energia e água, encaminhamento para requerimento de Benefício de Prestação Continuada (BPC), concessão de auxílio emergencial na modalidade cesta básica, concessão de benefícios eventuais na modalidade aluguel social, auxílio natalidade e auxílio funeral, entre outros.
De acordo com dados da Sedest, de janeiro até a data de hoje (24/9), foram concedidas, em Passos, 6.117 cestas básicas, oito auxílios funeral, 72 auxílios natalidade (enxoval para recém-nascidos) e 89 aluguéis sociais.
Segundo Carla, em virtude da pandemia, as atividades coletivas tiveram que ser suspensas, porém, as ações estão sendo planejadas para o retorno gradual das atividades dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, visando atender todas as pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade. “Todas as ações realizadas visam melhorar a condição de vida das pessoas e contribuir para a superação das condições de vulnerabilidade social que elas vivenciam”, finaliza.