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Estado de Minas CONJUNTURA

Pesquisa: três a cada quatro brasileiros estão endividados

Indicador de endividamento, em setembro, ficou 6,8 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período do ano passado, segundo estudo da CNC


05/10/2021 07:20

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,5% do total
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,5% do total (foto: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press)
O total de brasileiros endividados chegou a 74% da população em setembro, 1,1 ponto percentual (p.p.) acima do verificado em agosto, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com setembro de 2020, o nível de endividamento da população ficou 6,8 p.p. acima.

Com a alta de setembro, o indicador renovou o nível recorde, mas houve queda na inadimplência, o que sinaliza um quadro menos negativo - a Peic mede todos os tipos de endividamento, incluindo cartão de crédito, e o crescimento das dívidas não implica, necessariamente, contas em atraso. As obrigações das famílias, levantadas pela pesquisa, incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações de carro e de casa própria.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,5% do total, 0,1 p.p. abaixo do nível de agosto, e 1 ponto abaixo do apurado em setembro de 2020. Foi o segundo mês seguido de queda da inadimplência, segundo o estudo, apesar das recentes altas dos juros e do recorde no endividamento. Além disso, de acordo com a pesquisa, a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso caiu 0,4 ponto, para 10,3%. Na comparação com setembro de 2020, o recuo foi de 1,3 ponto percentual.

Para a CNC, a diminuição da inadimplência "tende a se consolidar ao longo do ano, mostrando o esforço das famílias para manter seus compromissos financeiros em dia, seja por meio da renegociação das dívidas, seja por maior controle dos gastos ou evitando o consumo de produtos supérfluos".

Por outro lado, o ciclo de alta dos juros básicos conduzido pelo Banco Central (BC) poderá ser um obstáculo para a continuidade da queda da inadimplência, já que "tende a encarecer as dívidas e demais despesas em aberto", pondera a entidade representativa do comércio. "O recente aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo que temporário, acirra ainda mais esse custo", diz a nota divulgada pela CNC.

Grupos

Por grupos de renda, as tendências permanecem as mesmas desde abril, segundo a Agência Brasil. Entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos, o endividamento passou de 74,2% para 75%, nova máxima histórica. Em setembro de 2020, eram 69% das famílias nessa faixa de renda endividadas. A inadimplência desse grupo, porém, diminuiu de 28,8% para 28,6%, ante 30% em setembro de 2020.

Para as famílias que têm renda acima de 10 salários mínimos, o endividamento foi de 67,6%, em agosto, para 68,9% em setembro, depois dos 59% registrados em setembro do ano passado. Segundo a CNC, o endividamento desse grupo vem registrando patamares recordes mensais desde fevereiro, mas o percentual de inadimplência caiu de 11,8% para 11,7% na passagem mensal, a menor proporção desde fevereiro.


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