Em um raio de 10 quilômetros do Centro de Belo Horizonte, o aumento dos preços dos combustíveis já é sentido nas bombas com destaque negativo para o etanol, que nos postos ainda praticantes de preços antigos para os remarcados chega a um ágio de 10,35%, enquanto a gasolina atinge 4,6% de incremento.
Estoques ainda garantem botijões de gás de cozinha (GLP) a valores antigos para quem os comprar antes da reposição. Esses preços foram constatados neste sábado (09/10), primeiro dia de vigor do novo aumento de 7,2% dos combustíveis e GLP anunciado pela Petrobras, na sexta-feira (09/10).
Muita gente que abasteceu na véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, vai ter uma surpresa desagradável quando precisar encher o tanque do carro para voltar de viagem. De acordo com ferramentas colaborativas online e averiguação da reportagem do Estado de Minas , em um raio de 10 quilômetros do Centro de BH, a gasolina comum é o combustível que mais varia, com uma diferença de R$0,50 por litro entre postos, sendo que o etanol comum acompanha de perto, com preços se distanciando ao máximo de R$0,497 por litro.
Os postos mais caros para abastecimento encontrados estão na Rodovia BR-356, altura dos bairros Belvedere e Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de BH, acesso a Nova Lima, Avenida Raja Gabáglia e BH Shopping.
Dois estabelecimentos disputam de perto quais os preços mais caros por litro, sendo que em um deles, o litro do etanol sai a R$6,798. No outro, 300 metros à frente, o preço do etanol se eleva a R$ 5,295.
O estabelecimento com os preços mais em conta encontrados pela reportagem do EM fica na Avenida Teresa Cristina, altura do Bairro Cinquentenário, na Região Oeste de BH, onde os preços trabalhados ainda eram os anteriores ao reajuste e mostram o peso que os combustíveis exercerão sobre os motoristas com os novos valores praticados. Nesse estabelecimento o etanol ainda custava R$ 4,795 por litro (-10,35%) e a gasolina sai a R$ 6,298 (-4,6%).
A sensação de quem trabalha conduzindo veículos para transportes ou entregas é de trabalhar para pagar o consumo de combustíveis, como conta o taxista Jose Alberto Prates de Oliveira, de 68 anos.
"Quando faço R$100, R$50 é para a gasolina. Cada aumento dói mais quando a gente tem de ir à bomba. A saída tem sido ficar no ponto esperando os passageiros. Não dá para circular mais e por isso os passageiros têm dito que parece que não tem mais táxis na rua circulando", afirma.
A situação está tão ruim que une em solidariedade setores que já rivalizaram por passageiros. "Tenho até pena de quem trabalha só com aplicativos (de transportes de passageiros) e precisa se deslocar sem ninguém pagando a corrida até achar alguém para transportar. Esse está amargando ainda mais", diz acreditar o taxista.
Muitas empresas já estão demitindo para cortar custos e os próprios trabalhadores já têm de acordar mais cedo para pegar ônibus e deixar seus carros na garagem para cortar custos. É o caso do entregador de água mineral Afrânio Nonato Melo, de 43.
"Tenho um carro 1.0 para economizar, mas nem assim está dando, passei a ir e voltar do trabalho de ônibus. Já até demitiram os entregadores e a gente só abastece R$ 20 por vez, quando tem pedidos, para não ter de ficar com o tanque cheio sem necessidade. Se não o lucro vai embora. Estamos também rodando com menos carros para ter menos gastos, mas isso reflete no tempo de entregas", pondera.
O gerente de um posto na região central de BH, Daniel Aparecido Meira, conta que o movimento não para e que os gastos por clientes continua o mesmo, contudo com eles recebendo menos volume de combustíveis. No seu estabelecimento, a gasolina comum era R$ 6,28 e foi para R$ 6,49 (%2b3,34%) e o etanol era R$ 4,89 e foi para R$ 4,99 (2,04%).
"Como estou na área central, o cliente de cada dia reclama, mas acaba tendo de abastecer para trabalhar. Infelizmente não temos muito como trabalhar, pois a nossa margem é a mesma e quando sobe o preço da refinaria e do combustível que chega para vendermos, temos de repassar esses custos ao cliente", disse.
O gerente, no entanto, não tem dúvidas de que a parcela arrecadada pelo Estado seja o que deixa o preço tão absurdo. "São os impostos, com certeza. A gente sempre tem a mesma margem, nunca muda. A questão é o seguinte, caiu muito o poder de compra da população, mas os impostos não reduzem, cada vez mais estão colocando o mesmo valor na bomba, mas está entrando um volume menor no tanque", compara.
No caso do gás de cozinha, o repasse dos preços ainda dura enquanto os estoques de cilindros de preços antigos persistir, o que ainda pode gerar uma corrida às distribuidoras.
Pela averiguação da reportagem do EM , no mesmo raio de 10 quilômetros do Centro de BH, a variação de preços de botijões médios, de 13 quilos, está em 10,8%, de R$ 92,50 até R$ 102,50 para comprar na loja, sendo o mais caro no Bairro Havaí, na região oeste de BH e o mais em conta no Bairro Vista Alegre, mesma região.
Estoques ainda garantem botijões de gás de cozinha (GLP) a valores antigos para quem os comprar antes da reposição. Esses preços foram constatados neste sábado (09/10), primeiro dia de vigor do novo aumento de 7,2% dos combustíveis e GLP anunciado pela Petrobras, na sexta-feira (09/10).
Muita gente que abasteceu na véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, vai ter uma surpresa desagradável quando precisar encher o tanque do carro para voltar de viagem. De acordo com ferramentas colaborativas online e averiguação da reportagem do Estado de Minas , em um raio de 10 quilômetros do Centro de BH, a gasolina comum é o combustível que mais varia, com uma diferença de R$0,50 por litro entre postos, sendo que o etanol comum acompanha de perto, com preços se distanciando ao máximo de R$0,497 por litro.
Os postos mais caros para abastecimento encontrados estão na Rodovia BR-356, altura dos bairros Belvedere e Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de BH, acesso a Nova Lima, Avenida Raja Gabáglia e BH Shopping.
Dois estabelecimentos disputam de perto quais os preços mais caros por litro, sendo que em um deles, o litro do etanol sai a R$6,798. No outro, 300 metros à frente, o preço do etanol se eleva a R$ 5,295.
O estabelecimento com os preços mais em conta encontrados pela reportagem do EM fica na Avenida Teresa Cristina, altura do Bairro Cinquentenário, na Região Oeste de BH, onde os preços trabalhados ainda eram os anteriores ao reajuste e mostram o peso que os combustíveis exercerão sobre os motoristas com os novos valores praticados. Nesse estabelecimento o etanol ainda custava R$ 4,795 por litro (-10,35%) e a gasolina sai a R$ 6,298 (-4,6%).
A sensação de quem trabalha conduzindo veículos para transportes ou entregas é de trabalhar para pagar o consumo de combustíveis, como conta o taxista Jose Alberto Prates de Oliveira, de 68 anos.
"Quando faço R$100, R$50 é para a gasolina. Cada aumento dói mais quando a gente tem de ir à bomba. A saída tem sido ficar no ponto esperando os passageiros. Não dá para circular mais e por isso os passageiros têm dito que parece que não tem mais táxis na rua circulando", afirma.
A situação está tão ruim que une em solidariedade setores que já rivalizaram por passageiros. "Tenho até pena de quem trabalha só com aplicativos (de transportes de passageiros) e precisa se deslocar sem ninguém pagando a corrida até achar alguém para transportar. Esse está amargando ainda mais", diz acreditar o taxista.
Muitas empresas já estão demitindo para cortar custos e os próprios trabalhadores já têm de acordar mais cedo para pegar ônibus e deixar seus carros na garagem para cortar custos. É o caso do entregador de água mineral Afrânio Nonato Melo, de 43.
"Tenho um carro 1.0 para economizar, mas nem assim está dando, passei a ir e voltar do trabalho de ônibus. Já até demitiram os entregadores e a gente só abastece R$ 20 por vez, quando tem pedidos, para não ter de ficar com o tanque cheio sem necessidade. Se não o lucro vai embora. Estamos também rodando com menos carros para ter menos gastos, mas isso reflete no tempo de entregas", pondera.
O gerente de um posto na região central de BH, Daniel Aparecido Meira, conta que o movimento não para e que os gastos por clientes continua o mesmo, contudo com eles recebendo menos volume de combustíveis. No seu estabelecimento, a gasolina comum era R$ 6,28 e foi para R$ 6,49 (%2b3,34%) e o etanol era R$ 4,89 e foi para R$ 4,99 (2,04%).
"Como estou na área central, o cliente de cada dia reclama, mas acaba tendo de abastecer para trabalhar. Infelizmente não temos muito como trabalhar, pois a nossa margem é a mesma e quando sobe o preço da refinaria e do combustível que chega para vendermos, temos de repassar esses custos ao cliente", disse.
O gerente, no entanto, não tem dúvidas de que a parcela arrecadada pelo Estado seja o que deixa o preço tão absurdo. "São os impostos, com certeza. A gente sempre tem a mesma margem, nunca muda. A questão é o seguinte, caiu muito o poder de compra da população, mas os impostos não reduzem, cada vez mais estão colocando o mesmo valor na bomba, mas está entrando um volume menor no tanque", compara.
Gás de cozinha
No caso do gás de cozinha, o repasse dos preços ainda dura enquanto os estoques de cilindros de preços antigos persistir, o que ainda pode gerar uma corrida às distribuidoras.
Pela averiguação da reportagem do EM , no mesmo raio de 10 quilômetros do Centro de BH, a variação de preços de botijões médios, de 13 quilos, está em 10,8%, de R$ 92,50 até R$ 102,50 para comprar na loja, sendo o mais caro no Bairro Havaí, na região oeste de BH e o mais em conta no Bairro Vista Alegre, mesma região.