O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 22, que detesta furar o teto de gastos. A fala vem apesar de o governo ter decidido alterar a regra considerada âncora fiscal do País para viabilizar o pagamento de R$ 400 no Auxílio Brasil até dezembro de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro pretende buscar a reeleição.
"Não é confortável flexibilizar teto, mas estamos falando de milhões de brasileiros", declarou o ministro, justificando o peso da crise econômica sobre a população para tomar a medida. Ele reconheceu que o teto era um "símbolo", mas disse que o País está "muito longe de ameaçar qualquer sustentabilidade fiscal".
"Não é licença para gastar, não vai acontecer nada disso", acrescentou Guedes, apesar de, na quarta-feira, ter citado justamente a expressão "licença para gastar" como forma de ajudar os mais necessitados neste momento de crise. "Se falarem que começou a gastança, não é esse meu acordo com o presidente", garantiu, em meio à desconfiança no mercado sobre a trajetória da questão fiscal brasileira após o acordo para mudar o teto.
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