A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (
Usiminas
) divulgou, nesta sexta-feira (29/10), os resultados do terceiro trimestre do exercício de 2021 (3T21). Apesar da queda no lucro em relação ao período anterior, a produção de minério de ferro bateu recorde com 2,5 milhões de toneladas.
O lucro bruto foi de R$ 3,1 bilhões de julho a setembro, o que representa uma redução de 13,9% em relação ao segundo trimestre (R$ 3,6 bilhões).
O volume de vendas atingiu 2,4 milhões de toneladas no 3T21, superior em 17,7% em relação ao 2T21 (2,1 milhões de toneladas). O relatório divulgado hoje ainda destaca o crescimento das vendas para a Usiminas em 65,7% e 5,5% para o mercado externo, com o embarque de 10 navios, em linha com o trimestre anterior.
Confira os destaques:
- Vendas de aço de 1,2 milhão de toneladas
- Produção de minério de ferro de 2,5 milhões de toneladas, recorde para a Unidade
- Vendas de minério de ferro de 2,4 milhões de toneladas
- Receita líquida de R$9,0 bilhões
- EBITDA Ajustado de R$2,9 bilhões
- Lucro Líquido de R$1,8 bilhão
- Caixa de R$7,3 bilhões, R$1,2 bilhão superior à dívida bruta
O presidente da empresa, Sergio Leite de Andrade, comemora os números. “São resultados sólidos, estamos consolidando a construção do ano de 2021 como o melhor ano. O balanço é extremamente positivo, mostra que alcançamos um patamar muito sólido”, afirmou.
Em 30 de setembro, o Caixa e Equivalente de Caixa consolidado era de R$7,3 bilhões, superior em 20,5% em relação à posição de 30 de junho (R$6,1 bilhões). Segundo o presidente, o número foi possível dada a forte geração de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período. “Foi nosso melhor Ebitda do século”, confirmou.
A oscilação do dólar influenciou nos resultados. “O preço praticado no Brasil segue o dólar. Se o dólar sobe, o preço também sobe”, disse. “Mas foi um trimestre bom. Nossa equipe trabalhou muito bem. Viemos de uma fase muito difícil há 6 anos atrás e hoje temos uma empresa sólida com equipe capacitada, motivada e comprometida. Além disso, a economia cresceu mais do que a gente esperava.”
Em abril, o presidente da Usiminas já havia afirmado que a empresa venderia 5 milhões de toneladas de aço em 2021. “Vamos fechar o ano no patamar tal qual prevíamos no início do ano”, afirmou Sérgio.
O Capex (investimentos) do terceiro trimestre totalizou R$ 305 milhões, 9,1% inferior ao 2T21 (R$335 milhões). De acordo com o relatório, os investimentos foram aplicados, principalmente, em sustaining Capex, segurança e meio ambiente, sendo 77,9% na Unidade de Siderurgia, 20,9% na Unidade de Mineração, e 1,1% na Unidade de Transformação.
“Na mineração, os investimentos esse ano vamos atingir R$ 1,5 bilhões”, projetou o presidente. “É bom ter em mente que nos últimos seis anos a empresa aumentou gradativamente seus investimentos. A Usiminas está confiante na economia brasileira e investindo.”
Embora haja expectativa de desaceleração do crescimento econômico para 2022, Sérgio Leite confia no aumento do consumo de aço. “Não posso fazer projeções, mas podemos fazer alguns comentários. A expectativa com o mercado econômico é de um crescimento menor, mas em crescimento. Historicamente, ao longo dos tempos, a gente observa que sempre que há crescimento econômico, há crescimento de consumo de aço”, reforçou.
Sustentabilidade
Além da questão financeira, o presidente da empresa também ressalta os feitos sociais e sustentáveis. Nos últimos três meses a empresa se destacou com evoluções relacionados à mudança climática e a divulgação de seu inventário de emissões na categoria ouro do GHG Protocol – uma das principais ferramentas para a identificação e cálculo de emissões de gases de efeito estufa. Os resultados obtidos com a conclusão do inventário suportarão a estratégia de combate à mudança do clima da Companhia.
Outro relevante passo em direção à agenda ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) foi a interação junto à sua Cadeia de Valor. No mês de setembro, a Usiminas reuniu-se com clientes e fornecedores para apresentar sua estratégia de sustentabilidade e sua intenção de atuar em conjunto com estes públicos em prol do desenvolvimento sustentável.
“No geral, foi um ano positivo. A Usiminas está alinhada a mudanças climáticas, atenta à necessidade de neutralizar o carbono, fazendo com que o impacto das mudanças climáticas seja controlado. Estamos trabalhando nessa linha”, afirmou.
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